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A SAGA - IV-22 - The Dissonant Interval p.2

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Mensagem  Myriam Castro Sex Fev 19, 2010 9:13 pm

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mais 96 capturas lindas começando aqui:
https://s953.photobucket.com/albums/ae17/galeria-saga-andromeda/?action=view¤t=422_cap000.jpg




IV – 22 - THE DISSONANT INTERVAL P.2
O INTERVALO DISSONANTE P.2

História original de Larry Barber & Paul Barber


“O Homem é a sua própria estrela.
Seus atos são seus anjos, bons ou maus,
Enquanto suas sombras caminham
Silenciosamente ao seu lado.”

Versos do Primeiro Paradine
AFC 54


Andromeda ainda não tinha sido detectada, e Dylan desceu com Trance para encontrar-se com Rhade, enquanto a nave enviava drones de combate para revidar o ataque. Rhade lhe disse que resolvera ficar, e ia lutar ao lado de Louisa. Dylan disse a ele que Harper estava tentando reativar os motores da estação, e ele ficaria e tentaria ganhar tempo até que o Arkology saltasse. Com uma solene continência, o jovem Nietzschean disse que aprendera muito com ele ... e que chegara o dia da “formatura”. Dylan retribuiu a continência, desejando-lhe boa sorte, e se foi, Trance seguindo logo atrás dele.
Enquanto isso, Rommie e Harper continuavam trabalhando freneticamente. O engenheiro de repente teve uma idéia: elevar a força-G em toda a estação, exceto ali, e no escritório de Marlowe. Ele comunicou-se com Dylan, explicando seu plano. Segundo ele, Dylan, Trance, Rhade e Louisa poderiam se locomover normalmente, por causa das peculiaridades biológicas de cada um, mas os Magogs ficariam “congelados”. Rhade e Louisa iriam então para o escritório, e Dylan e Trance conseguiriam sair dali e retornar à Andromeda sem topar com soldados inimigos no caminho.
De volta à Ponte, Dylan acionou o comunicador de nave-ampla, e sua voz de baixo grave encheu toda a nave. Ele disse que Andromeda iria partir ... e que aquela seria uma batalha dura, pois o inimigo era muito mais poderoso. Aqueles que quisessem abandonar a nave, ainda havia tempo. Dylan sentiu um aperto no coração ... era aquela a segunda vez que ele se via na angustiosa urgência de salvar sua tripulação da morte certa. Aqueles que quisessem abandonar a nave, tinham sua permissão para tal.
Ninguém quis.
Encorajado por aquela comovente demonstração de lealdade, Dylan ordenou à IA que desatracasse, e se afastasse do Arkology o suficiente para que os Magogs deixassem a estação e fossem atrás deles. Aquela era uma manobra suicida, e Dylan sabia que estava em sua última batalha ...
As naves de assalto imediatamente enxamearam em volta da Andromeda, e começaram a encravar-se nela, e logo havia centenas de guerreiros a bordo. As defesas internas foram acionadas, e os Magogs, em grupos, tinham um só objetivo: pegar Dylan.
Mas, mesmo quando iam agarrando os tripulantes que encontravam pelos corredores e perguntavam onde estava o Capitão, ninguém respondia ... e pagava com a vida.
Dylan reuniu seus oficiais uma última vez ... e lhes disse que tinham liberdade para escolher ficar e lutar, ou por-se a salvo enquanto era tempo. E Trance, com voz velada, comentou que nunca mais se encontrariam daquela forma novamente ... as coisas não seriam mais as mesmas. E cada um foi continuar sua tarefa.
Andromeda disparava todas as suas armas ... e mais e mais naves se encravavam em seu casco. Uma esquadrilha de Slipfighters a acompanhava, combatendo bravamente o inimigo.
Trance virou-se para Dylan, e lhe disse que a saída estava no portal da Rota das Eras. Mas, era somente para ele ... nem mesmo ela poderia acompanhá-lo. Mas, ela disse que também teria que atravessar, e que talvez, ele chegasse num lugar onde ela o estivesse esperando. Dylan engoliu em seco. Ele não queria abandonar sua nave e sua tripulação. Seu coração estava angustiado com um terrível dilema.
Na Central de Máquinas, alguns Magogs conseguiram se “despregar” da força-G do resto da colônia e atacaram Rommie e Harper. Diante dos olhos horrorizados do engenheiro, eles dispararam contra a avatar, e esta lhe disse apenas: “Harper ... cuide-se!” antes de explodir em mil pedaços. Harper entrou em pânico. Ele saltou para dentro de um tubo de ventilação, trancou a escotilha e ficou absolutamente quieto.
No escritório de Marlowe, Rhade e Louisa lutavam contra alguns Magogs, e Louisa foi atingida mortalmente por um tiro de plasma. Rhade conseguiu matar vários guerreiros, e correu para ela, que morreu em seus braços.
Dylan encontrou Beka sozinha na Maru, remexendo num velho baú onde guardava alguns objetos pessoais. Ela olhou para ele, e disse que escolhia viver ... ele sentou-se ao lado dela, e ao olhar para ela, tinha os olhos tristes. Quis saber o que a perturbava, e ela lhe respondeu que estava já cansada de lutar, e que não queria vê-lo atirar-se assim nos braços da morte. Ele suspirou. Não tinha o direito de obrigá-la a lutar novamente, se ela não quisesse. Pelo menos, disse, ela tinha escolha, ao passo que ele não. Ele a amava profundamente, e sofria em ter que deixá-la ... segurando-lhe a mão, ele a beijou, e olhando para aquela jovem mulher tão corajosa e leal, que salvara sua vida ao resgatá-lo da singularidade e um sem-número de outras vezes, e que lhe ensinara como sobreviver naquele Universo tão hostil, disse que tinha que ir. Mas que tinha certeza de que a encontraria novamente, em tempos melhores. Do fundo de seu coração, ele de alguma forma sabia que ia encontrá-la novamente. E a todos eles.
Beka o viu afastar-se, o coração tomado de profunda tristeza.
Trance encontrou-o num dos corredores, e lhe disse que era preciso partir. Ela trazia nas mãos um pequeno bonsai, que parecia emitir um cintilar mágico ... e assim, em silêncio, ambos seguiram para a Central de Comando, pois o caminho para a Ponte estava cheio de soldados inimigos. Dylan ia comandar a nave de lá.
A Nave-Mundo já era visível à distância, assim como o portal da Rota das Eras.
Dylan pediu à IA que lhe informasse como estava a tripulação. Andromeda lhe disse que todos estavam ... mortos.
O corpo de Dylan estremeceu, como atravessado por um raio. O coração dele parecia partido ... seus olhos estavam avermelhados e tinham perdido muito do brilho que todos, inclusive a própria Trance, estavam acostumados a ver. Tudo o que passara e sofrera, os leais amigos, as grandes batalhas, Sarah, os povos que ajudara, seu desejo de rever sua amada Pátria perdida, a própria Comunidade ... tudo parecia agora tão irreal!
Ele tornou a chamar a nave, e, resolvido a ir até o fim, jogou sua última carta: ordenou a Andromeda que despressurizasse todos os conveses, exceto na Central, matando assim os Magogs – que também respiravam oxigênio. Ele imaginou se não seria aquela a última ordem que dava como Capitão da nave que fora seu lar por tantos anos ... e quando Trance lhe perguntou se estava disposto a recomeçar, ele disse que já não tinha mais nada a perder, e, sim, queria partir para o recomeço ... mas que não sabia para onde ir. Trance disse para ele seguir sua própria luz ... e tudo ficaria bem. Dylan, então, aproximou-se dela e a beijou suavemente nos lábios, dizendo: “Foi muito bom te conhecer ... Trance Gemini. Adeus ...” E embarcou em um Slipfighter.
Enquanto isso, os Magogs encontraram Harper ... e outro pelotão acabava de cercar Rhade.
Dylan se fora ...
Trance levou o bonsai para a Ponte e depositou-o cuidadosamente sobre o painel que normalmente era comandado por Dylan. Em seguida, com uma atitude solene, despediu-se em voz alta de todos ... inclusive da própria nave. A IA encerrou as transmissões, e todas as luzes de bordo se apagaram. E Trance, com um brilho dourado nos olhos, ordenou à grande nave: “Abra meu caminho!”
O Arkology se despedaçou, quando um portal de turbilhão se abriu.
Trance se transfigurou em uma estrela, e envolveu Andromeda ...
E a grande nave, fulgurando, seguiu direto para a Nave-Mundo, passando por ela como um espectro atravessando uma parede ... e ao mesmo tempo em que o terrível inimigo era pulverizado, a nave desaparecia num brilho sobrenatural.
Dylan se aproximava do portal, voando em meio às naves de assalto inimigas, que pareciam dispersas e desorientadas, de vez em quando abatendo uma ou outra. E de repente viu a Eureka Maru surgir ao seu lado. Beka saudou-o, e acompanhou-o dando cobertura para que ele chegasse ao seu destino são e salvo. Em seguida, com uma última saudação, disse-lhe que ia buscar Harper e Rhade, e o veria em breve.
Ele já não conseguia mais controlar a pequena nave, e mergulhou no portal da Rota das Eras. Havia uma luz diáfana que parecia emanar da cabine do pequeno caça ...
A luz de Dylan.
E assim, de forma quase sobrenatural, Dylan Hunt e Andromeda Ascendant, separados e ao mesmo tempo juntos, atravessaram o portal ...
Dylan finalmente chegou. Ele desceu do Slipfighter, e viu-se numa espécie de corredor. Ele correu ... e de repente, parou. Ele hesitou, e deu meia-volta ... e então um vendaval soprou contra ele, impedindo-o de retornar. E o portal – o portal do seu passado – fechou-se para sempre.
À sua frente, surgindo como de uma névoa, estava ... ele mesmo!
E então ele sorriu, entendendo finalmente seu destino.
Era uma passagem, e ele sabia que, do outro lado, havia outro Universo. E sentia que reencontraria Andromeda e os outros.
E assim, ele seguiu em frente.


Última edição por Myriam Castro em Qua Dez 15, 2010 8:10 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Myriam Castro Sex Fev 19, 2010 9:30 pm

Com esse, fechamos a IV Temporada.
Foi uma Temporada incrível, de muitas revelações, muitas lutas, muitas lágrimas ...

Esse episódio acabou ficando um pouco mais longo, e fechou a temporada não como um possível fim, mas como uma espécie de transição.
Foi emocionante, tenso ... e triste.
Talvez, o mais duro golpe que Dylan sofreu. Justamente o seu mais profundo temor ... ficar sem seus amigos (na verdade, sua única família) e sua nave, acabou acontecendo. Ele chegou a pensar que talvez tivesse morrido e ido parar no Além, mas não ...
Ele na verdade atravessou a passagem da dimensão que conhecera - o seu passado - para a que precisava dele: o futuro. Pois era para ali que o Paradine tinha que ir.
Tenho por mim, ao reparar na expressão dos olhos dele quando percebeu o que realmente acontecera, que ele soube instantaneamente que reencontraria novamente Beka e os outros. E Andromeda. Era uma certeza que ele, como Paradine, teve no coração e na mente.
Só não sabia ainda como.

Kevin esteve perfeito ... mais uma vez! A SAGA  -  IV-22 - The Dissonant Interval  p.2 193717
Myriam Castro
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Mensagem  mara Sex Fev 19, 2010 10:18 pm

Myriam, que episódio lindo!
Tanta delicadeza nas despedidas de Dylan e Beka e Dylan e Trance!
E a impressão de que tudo tinha acabado, como você disse...
O olhar de desespero dele quando Trance lhe pergunta pra que ganhar tempo e ele responde: "gostaria de saber..."
A ternura e a tristeza no beijo que ele lhe dá, como que garantindo a ela que fora uma imensa honra a oportunidade de conhecê-la.
O respeito dele por Beka, aceitando a decisão dela de ir embora.
E, o mais interessante foi o encontro dele com seu "eu" de outra possibilidade de futuro, que surgiu à sua frente para lhe dar esperanças, como que lhe dizendo que ele poderia conseguir.
Todos se comportaram como heróis, inclusive Harper! E todos perderam tudo...
Sensacional!
Valeu mesmo, Myriam! A SAGA  -  IV-22 - The Dissonant Interval  p.2 193717 A SAGA  -  IV-22 - The Dissonant Interval  p.2 87112

https://www.youtube.com/watch?v=pOMePvrxtZY&feature=youtu.be
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