Temporada Virtual VII-03 - Safeguarding The Absolute
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Temporada Virtual VII-03 - Safeguarding The Absolute
Salvaguardando o Absoluto
Texto original em inglês de Iris
"Nunca é fácil fazer a coisa certa ...
Mas a coisa certa deve ser feita
De qualquer maneira, por quaisquer desejos ou sonhos pessoais
Esse é o Caminho de um ser iluminado."
Gresha Pollis -
Seguidor do Caminho - Citação de seu livro:
"O Caminho da Iluminação"
Quando Saoirse saiu do chuveiro, com uma toalha enrolada na cintura e enxugando os cabelos em outra, notou que Dylan não tirava os olhos dela ... e, ao perguntar o que ele tanto olhava, recebeu como resposta: "Apenas admirando o cenário ..."
Ele se inclinou e sussurrou-lhe ao ouvido se queria que ele a secasse e ela se virou, brincando que ia acabar tendo que tomar outro banho ...
Ele a beijou, e olhando-a nos olhos, perguntou-lhe o que podia fazer para convencê-la a ficar. Ela bem que queria, pois aqueles últimos dias com ele tinham sido maravilhosos, mas ela realmente precisava retornar ao trabalho. Eles já haviam conversado muito sobre isso, ela acrescentou, e ela reafirmou que o amava ... somente não estava pronta ainda para desistir de sua independência. Ao que ele retrucou que ela não precisaria desistir disso para ficar com ele, na Andromeda.
Eles se olharam intensamente, como se a separação iminente nunca fosse acontecer ... até que ela, acariciando o rosto dele, lhe disse que estaria bem ... e que voltaria sempre para ele.
Dylan tinha tentado de tudo ... ele não queria que ela se afastasse dele. Puxou-a para a cama e a beijou novamente. Oh, como ia sentir falta dela ...!
Saoirse vestiu-se, e foi arrumar sua bagagem. E Dylan, com um grande peso no coração, deixou-a e foi para a Ponte. Observando-o sair, ela também ficou sentida, pois sabia que, no fundo, estava como que fugindo dele ... mas ela tinha uma estranha sensação, como se alguma coisa fosse acontecer, embora não pudesse precisar muito bem ...
Última edição por Myriam Castro em Qui Nov 13, 2008 11:49 am, editado 1 vez(es)
Myriam Castro- Número de Mensagens : 4767
Idade : 64
Location : Minas Gerais - Brasil
Data de inscrição : 22/11/2007
Re: Temporada Virtual VII-03 - Safeguarding The Absolute
Continuando ....
Procurando afastar esse pensamento, ela finalmente acabou de arrumar tudo, e encaminhou-se para o Hangar. Ela já havia se despedido de todos, e assim não havia razão para prolongar o seu pesar. Ela embarcou em sua nave, e assim que terminou de checar os instrumentos, pediu a Andromeda que abrisse as portas do hangar.
Da Ponte, Dylan acompanhou sua saída, até que ela saltasse em turbilhão.
Suspirou. Bem, era hora de voltar às tarefas. Ele pediu à IA que avisasse Beka, Trance e Rommie que as queria em seu gabinete, e foi para lá, aguardar as outras três mulheres tão importantes em sua vida.
O assunto que ele tinha para discutir com elas era de vital importância, pois dizia respeito ao Motor da Criação. Todos concordavam que não podiam continuar mantendo aquele artefato a bordo da Andromeda, por causa do perigo de se tornarem um alvo móvel pelas estrelas afora. Era um artefato muito poderoso, e não podiam permitir que caísse em mãos erradas. Assim, ele sugeriu que cada um deles - ele mesmo e as três - tomasse uma das partes, escolhesse cuidadosamente um lugar que considerasse seguro, e levasse a peça para lá. Isso exigiria que cada um, por sua vez, saísse da Andromeda com a peça. Essa manobra teria que ser feita em etapas, cada qual separada da outra por algumas horas e/ou dias, para não despertar suspeitas.
De cada vez, era necessário tomar cuidado redobrado para não ser seguido, tanto na ida quanto na volta. E cada um teria três dias para realizar sua parte da tarefa. Ao retornar, gravaria as coordenadas da localização em um flexi, nos aposentos de Dylan e em modo privativo, de forma que nem a IA soubesse, e guardaria essa gravação no próprio cofre de Dylan, com um código pessoal a que nem ele teria acesso. Tudo isso era para que ninguém fosse capaz de encontrar o Motor.
Todas acharam o plano muito bom. Apenas Beka pareceu pensativa, e quando Dylan lhe perguntou o que achava disso, ela disse que tinha uma certa dúvida se realmente valia a pena esconder o Motor, que poderia vir a ser útil novamente, se surgisse alguma emergência.
Mas Dylan a fez entender seu ponto de vista, de que o artefato já tinha cumprido sua função primordial, e com certeza não teria o mesmo poder de antes. Arriscar a Andromeda e os seus mais de 4000 tripulantes era inconcebível para Dylan ... e, pensando melhor, para ela, Beka, também.
Antecipando a pergunta sobre a peça de Shintaida, cujo peso exigia que fosse carregada pelos três - Dylan, beka e Trance -, esta seria escondida por último, pois exigia meior cuidado na escolha do local e dos códigos de acesso.
Discutindo sobre quem seria o primeiro a sair, chegaram à conclusão que podia ser Rommie. Ela levaria a Mão de Deus com ela, e partiria sozinha na Maru. Finalmente, tudo aquilo deveria ser realizado em completo segredo, e nem mesmo Harper ou Rhade podiam ter conhecimento do plano. Eles criariam um motivo plausível para encobrir sua saída, de forma que somente Andromeda conhecesse o seu paradeiro, porém encriptasse os dados para que ninguém mais pudesse acessá-los.
Todas concordaram com o plano, e ficou combinado que Rommie partiria no dia seguinte. E Dylan esclareceu que havia colocado um sistema de localização pessoal seu no módulo da IA, e que, se não houvesse retorno ou comunicação dentro dos três dias do prazo combinado, ele iria atrás com Andromeda.
As três se levantaram para sair e Dylan pediu que Rommie ficasse, pois queria conversar com ela em particular. Rommie detectou uma alteração significativa nos sinais vitais dele, e sabia que algo ainda o incomodava. Mas esperou que ele falasse. Dylan disse a ela que providenciara um sistema acessório para colocar na Maru quando fosse a vez de Beka sair.
Ele temia que ela, com seu temperamento independente e ousado, acabasse caindo em alguma armadilha. E disse à avatar que o escondesse a bordo da nave de Beka sem que ela soubesse. Mas ele continuava tenso, e Rommie continuou esperando que ele dissesse mais alguma coisa. Afinal, depois de 306 anos de conexão, ela conhecia seu Capitão muito bem, e sabia que havia algo mais.
Ele então suspirou e sem encarar a avatar diretamente nos olhos, como não era seu costume, disse que estava preocupado com Saoirse, pois temia que ela corresse perigo voando sozinha por aí. (Na verdade, ele não disse, mas seu temor real era que surgisse alguma circunstância em que ela entrasse em contato com seu duplo, em outra realidade ...).
Ele tinha um pressentimento de que algo ia acontecer com ela e estava angustiado com aquilo. Mas Rommie, sempre objetiva, lhe falou que Saoirse era uma mulher forte e muito inteligente para se deixar enganar facilmente, e que ela seria a primeira a fazer contato se houvesse algum problema. Ela não era do tipo orgulhoso, e sabia muito bem onde encontrá-lo se precisasse de ajuda. Suas palavras tranquilizaram Dylan, que sugeriu que, enquanto aguardavam o momento da viagem, jogassem uma partida de baralho Vedran. E Rommie, divertida, lhe replicou que ele já lhe devia uma pequena fortuna, acumulada nos últimos cinco anos ... era melhor jogar só pelos pontos ...
No dia seguinte, Dylan acompanhou Rommie até o hangar da Maru, e lhe fez mil recomendações, preocupado com o que podia acontecer a ela se houvesse algum imprevisto. Rommie lhe assegurou que estaria bem, e retornaria dentro do prazo combinado. Ele sabia que ela podia muito bem cuidar de si mesma, mas mesmo assim ...
Ela embarcou, tomou lugar ao assento do piloto, e iniciou os procedimentos de pré-voo. Dylan deixou o hangar, e ficou a observá-la pelo visor da comporta, enquanto Andromeda despressurizava para abrir as gigantescas comportas externas.
Procurando afastar esse pensamento, ela finalmente acabou de arrumar tudo, e encaminhou-se para o Hangar. Ela já havia se despedido de todos, e assim não havia razão para prolongar o seu pesar. Ela embarcou em sua nave, e assim que terminou de checar os instrumentos, pediu a Andromeda que abrisse as portas do hangar.
Da Ponte, Dylan acompanhou sua saída, até que ela saltasse em turbilhão.
Suspirou. Bem, era hora de voltar às tarefas. Ele pediu à IA que avisasse Beka, Trance e Rommie que as queria em seu gabinete, e foi para lá, aguardar as outras três mulheres tão importantes em sua vida.
O assunto que ele tinha para discutir com elas era de vital importância, pois dizia respeito ao Motor da Criação. Todos concordavam que não podiam continuar mantendo aquele artefato a bordo da Andromeda, por causa do perigo de se tornarem um alvo móvel pelas estrelas afora. Era um artefato muito poderoso, e não podiam permitir que caísse em mãos erradas. Assim, ele sugeriu que cada um deles - ele mesmo e as três - tomasse uma das partes, escolhesse cuidadosamente um lugar que considerasse seguro, e levasse a peça para lá. Isso exigiria que cada um, por sua vez, saísse da Andromeda com a peça. Essa manobra teria que ser feita em etapas, cada qual separada da outra por algumas horas e/ou dias, para não despertar suspeitas.
De cada vez, era necessário tomar cuidado redobrado para não ser seguido, tanto na ida quanto na volta. E cada um teria três dias para realizar sua parte da tarefa. Ao retornar, gravaria as coordenadas da localização em um flexi, nos aposentos de Dylan e em modo privativo, de forma que nem a IA soubesse, e guardaria essa gravação no próprio cofre de Dylan, com um código pessoal a que nem ele teria acesso. Tudo isso era para que ninguém fosse capaz de encontrar o Motor.
Todas acharam o plano muito bom. Apenas Beka pareceu pensativa, e quando Dylan lhe perguntou o que achava disso, ela disse que tinha uma certa dúvida se realmente valia a pena esconder o Motor, que poderia vir a ser útil novamente, se surgisse alguma emergência.
Mas Dylan a fez entender seu ponto de vista, de que o artefato já tinha cumprido sua função primordial, e com certeza não teria o mesmo poder de antes. Arriscar a Andromeda e os seus mais de 4000 tripulantes era inconcebível para Dylan ... e, pensando melhor, para ela, Beka, também.
Antecipando a pergunta sobre a peça de Shintaida, cujo peso exigia que fosse carregada pelos três - Dylan, beka e Trance -, esta seria escondida por último, pois exigia meior cuidado na escolha do local e dos códigos de acesso.
Discutindo sobre quem seria o primeiro a sair, chegaram à conclusão que podia ser Rommie. Ela levaria a Mão de Deus com ela, e partiria sozinha na Maru. Finalmente, tudo aquilo deveria ser realizado em completo segredo, e nem mesmo Harper ou Rhade podiam ter conhecimento do plano. Eles criariam um motivo plausível para encobrir sua saída, de forma que somente Andromeda conhecesse o seu paradeiro, porém encriptasse os dados para que ninguém mais pudesse acessá-los.
Todas concordaram com o plano, e ficou combinado que Rommie partiria no dia seguinte. E Dylan esclareceu que havia colocado um sistema de localização pessoal seu no módulo da IA, e que, se não houvesse retorno ou comunicação dentro dos três dias do prazo combinado, ele iria atrás com Andromeda.
As três se levantaram para sair e Dylan pediu que Rommie ficasse, pois queria conversar com ela em particular. Rommie detectou uma alteração significativa nos sinais vitais dele, e sabia que algo ainda o incomodava. Mas esperou que ele falasse. Dylan disse a ela que providenciara um sistema acessório para colocar na Maru quando fosse a vez de Beka sair.
Ele temia que ela, com seu temperamento independente e ousado, acabasse caindo em alguma armadilha. E disse à avatar que o escondesse a bordo da nave de Beka sem que ela soubesse. Mas ele continuava tenso, e Rommie continuou esperando que ele dissesse mais alguma coisa. Afinal, depois de 306 anos de conexão, ela conhecia seu Capitão muito bem, e sabia que havia algo mais.
Ele então suspirou e sem encarar a avatar diretamente nos olhos, como não era seu costume, disse que estava preocupado com Saoirse, pois temia que ela corresse perigo voando sozinha por aí. (Na verdade, ele não disse, mas seu temor real era que surgisse alguma circunstância em que ela entrasse em contato com seu duplo, em outra realidade ...).
Ele tinha um pressentimento de que algo ia acontecer com ela e estava angustiado com aquilo. Mas Rommie, sempre objetiva, lhe falou que Saoirse era uma mulher forte e muito inteligente para se deixar enganar facilmente, e que ela seria a primeira a fazer contato se houvesse algum problema. Ela não era do tipo orgulhoso, e sabia muito bem onde encontrá-lo se precisasse de ajuda. Suas palavras tranquilizaram Dylan, que sugeriu que, enquanto aguardavam o momento da viagem, jogassem uma partida de baralho Vedran. E Rommie, divertida, lhe replicou que ele já lhe devia uma pequena fortuna, acumulada nos últimos cinco anos ... era melhor jogar só pelos pontos ...
No dia seguinte, Dylan acompanhou Rommie até o hangar da Maru, e lhe fez mil recomendações, preocupado com o que podia acontecer a ela se houvesse algum imprevisto. Rommie lhe assegurou que estaria bem, e retornaria dentro do prazo combinado. Ele sabia que ela podia muito bem cuidar de si mesma, mas mesmo assim ...
Ela embarcou, tomou lugar ao assento do piloto, e iniciou os procedimentos de pré-voo. Dylan deixou o hangar, e ficou a observá-la pelo visor da comporta, enquanto Andromeda despressurizava para abrir as gigantescas comportas externas.
Última edição por Myriam Castro em Qui Nov 13, 2008 11:50 am, editado 1 vez(es)
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Re: Temporada Virtual VII-03 - Safeguarding The Absolute
Continuando ...
Uma vez que Rommie não podia voar em turbilhão, ela teve que percorrer toda a distância até o local que escolhera em velocidade sub-luz. Ela levou um dia inteiro para chegar ao seu destino, um planeta remoto e desabitado, longe de quaisquer rotas de navegação conhecidas, e, antes de procurar o local de pouso, executou uma varredura completa dos arredores do sistema, para se assegurar que não fora localizada e seguida por eventuais "curiosos". Então, aterrissou a Maru em um vale próximo a uma grande cadeia de montanhas, e selecionou aquela que achava a mais adequada. E partiu naquela direção, a pé, até que, várias horas depois, encontrou o que procurava: a entrada estreita de uma espécie de caverna, que dava acesso a um extenso labirinto de túneis subterâneos.
Ela adentrou o complexo de túneis, aprofundando-se cada vez mais nas entranhas da terra, até achar uma fenda que lhe pareceu ser o local ideal. Então, retirou a Mão de Deus da mochila e a depositou no interior da fenda, acomodando-a de modo que ficasse bem oculta dentro da rocha sólida. Quando se preparava para retomar o caminho de volta, ela sentiu uma súbita queda de seus níveis de energia, e apressou o passo, ficando cada vez mais fraca à medida em que caminhava. Ela deduziu que só podia ser por causa da Mão de Deus ... o poder era tão forte, que a estava drenando. Com muito custo, conseguiu chegar à Maru e embarcar, e, antes de decolar, precisou fazer uma recarga apenas o suficiente para poder pilotar de volta à Andromeda.
Enquanto isso, Dylan já se preocupava com o atraso de Rommie. Tentando não pensar muito nisso, ele foi para o Deck de Observação, onde Trance o encontrou. Ela percebeu a tensão, e para quebrar o gelo, perguntou a ele o que o levara a se tornar um oficial da Alta Guarda, em vez de um cientista, já que tinha um conhecimento muito vasto das Ciências em geral. Ele sorriu, e lhe respondeu que sempre quisera estar entre as estrelas, mas não para explorar, e sim para conhecer e proteger ... e por isso a Alta Guarda. Só não imaginara que o termo "Guardião" fosse aplicado de forma tão ... ampla.
Então Andromeda o chamou. Rommie retornara! Ela logo entrou em contato, mas Dylan se alarmou ao vê-la pela tela. E mal a Maru atracou no hangar, ele subiu correndo a bordo para encontrá-la, e a trouxe quase que completamente off-line. Ela queria ir gravar os dados, mas ele lhe determinou que fosse recarregar primeiro, e depois fizesse isso. E queria também um relatório completo ...
Depois de tudo já normalizado, Rommie registrou a localização da peça, e, estando todos reunidos no gabinete de Dylan, ela relatou que a Mão de Deus ainda dispunha de energia suficiente para drenar suas baterias e deixar os processadores mais lentos. Mas nada que prejudicasse sua estrutura, ou causasse algum dano. Dylan então lhe recomendou que, da próxima vez que saísse da nave, não corresse riscos desnecessários, pois ele não gostaria de forma alguma de perdê-la.
Passou-se então, para a etapa seguinte: Dylan seria o próximo a sair para levar outra peça. E ele escolheu o cubo. Quando já estava pronto, ele avisou a Rhade que ia se ausentar por uns dias, e iria para Tarn Vedra, para ums reunião científica. O Nietzschean lhe desejou boa viagem, e lhe pediu encarecidamente que não trouxesse outra daquelas "tarefas escabrosas".
O Capitão subiu a bordo da Maru de mochila nas costas, e encontrou Beka sentada da cadeira do piloto, remexendo em alguns controles. Até que, em determinado momento, ela soltou um "Droga"! ... indagada do porque daquilo, ela disse que o computador de bordo não registrava nada. Rommie o tinha limpado. Dylan sorriu, achando graça na curiosidade de Beka. Ela até tentou "jogar verde" com ele, para ver se conseguia alguma coisa. Mas nada conseguiu, é claro.
Dylan não levou muito tempo para decolar com a Maru e saltar em turbilhão assim que se afastou da Andromeda. Ele viajou até um determinado campo de asteróides, e pousou em um dos grandes. Saindo da cabine do piloto, ele caminhou para a parte traseira da nave, e pensou no que Marlowe lhe dissera certa vez ... que eles, Paradines, eram estacionários, e todas as coisas vinham a eles. Só não contara os detalhes. Assim Dylan se acomodou o melhor que podia, e, fechando os olhos, pensou em um "onde" para ir ... só que em um futuro distante, de 200 anos à frente.
Ele esperava encontrar lá outro Paradine, a quem pudesse confiar a peça do Motor que levava consigo. Ele entoou baixinho uma espécie de mantra, e depois de alguns segundos, ao abrir novamente os olhos, viu-se em um vasto campo relvado, sob um céu imaculadamente azul e pontilhado de algumas poucas nuvens. Pássaros cantavam ao redor, e uma brisa suave acariciava-lhe o rosto. Era um lugar muito bonito, e ele murmurou: "Terra ... venha até mim, amigo Paradine!"
Num instante um clarão encheu o ar, e quando se dissipou, ele viu diante de si uma cópia sua em negativo. O outro sorriu para ele, vendo sua surpresa, e lhe esclareceu que ele não devia esquecer que os Paradines evoluíam ... e ele ainda não conhecia seus poderes até que se encontrassem ali. Dylan ficou um pouco confuso, e perguntou se aquilo significava que ele nunca ia morrer ... ao que o outro lhe disse que não exatamente; ele teria que descobrir por si mesmo. Acresentou ainda que as decisões que se toma, e que outros tomam acerca de você, determinam o que está por vir. Dylan não gostou muito daquela explicação, e foi logo dizendo que detestava enigmas. Vendo que a conversa não ia dar em nada, ele mudou de assunto, e disse que viera para ali para pedir que guardasse um objeto para ele. E estendeu o estranho cubo.
O outro não sabia bem o que era aquele curioso objeto, mas prometeu guardá-lo consigo. Dylan lhe deu uma breve explicação acerca do Motor da Criação, e o outro lhe deu razão de agir como agia ... seria mais seguro assim. E, despedindo-se, desapareceu em pleno ar. Dylan resolveu também sair dali, e novamente fechou os olhos, concentrando-se na Maru. Ao abri-los, viu-se exatamente onde estava antes de "transportar-se". Porém, ele sentia-se completamente esgotado, como se tivesse feito um enorme esforço físico. Não entendeu bem o porquê, mas sabia que precisava descansar antes de fazer a viagem de volta. Então, debruçando-se sobre a mesa, ele caiu no sono.
Uma vez que Rommie não podia voar em turbilhão, ela teve que percorrer toda a distância até o local que escolhera em velocidade sub-luz. Ela levou um dia inteiro para chegar ao seu destino, um planeta remoto e desabitado, longe de quaisquer rotas de navegação conhecidas, e, antes de procurar o local de pouso, executou uma varredura completa dos arredores do sistema, para se assegurar que não fora localizada e seguida por eventuais "curiosos". Então, aterrissou a Maru em um vale próximo a uma grande cadeia de montanhas, e selecionou aquela que achava a mais adequada. E partiu naquela direção, a pé, até que, várias horas depois, encontrou o que procurava: a entrada estreita de uma espécie de caverna, que dava acesso a um extenso labirinto de túneis subterâneos.
Ela adentrou o complexo de túneis, aprofundando-se cada vez mais nas entranhas da terra, até achar uma fenda que lhe pareceu ser o local ideal. Então, retirou a Mão de Deus da mochila e a depositou no interior da fenda, acomodando-a de modo que ficasse bem oculta dentro da rocha sólida. Quando se preparava para retomar o caminho de volta, ela sentiu uma súbita queda de seus níveis de energia, e apressou o passo, ficando cada vez mais fraca à medida em que caminhava. Ela deduziu que só podia ser por causa da Mão de Deus ... o poder era tão forte, que a estava drenando. Com muito custo, conseguiu chegar à Maru e embarcar, e, antes de decolar, precisou fazer uma recarga apenas o suficiente para poder pilotar de volta à Andromeda.
Enquanto isso, Dylan já se preocupava com o atraso de Rommie. Tentando não pensar muito nisso, ele foi para o Deck de Observação, onde Trance o encontrou. Ela percebeu a tensão, e para quebrar o gelo, perguntou a ele o que o levara a se tornar um oficial da Alta Guarda, em vez de um cientista, já que tinha um conhecimento muito vasto das Ciências em geral. Ele sorriu, e lhe respondeu que sempre quisera estar entre as estrelas, mas não para explorar, e sim para conhecer e proteger ... e por isso a Alta Guarda. Só não imaginara que o termo "Guardião" fosse aplicado de forma tão ... ampla.
Então Andromeda o chamou. Rommie retornara! Ela logo entrou em contato, mas Dylan se alarmou ao vê-la pela tela. E mal a Maru atracou no hangar, ele subiu correndo a bordo para encontrá-la, e a trouxe quase que completamente off-line. Ela queria ir gravar os dados, mas ele lhe determinou que fosse recarregar primeiro, e depois fizesse isso. E queria também um relatório completo ...
Depois de tudo já normalizado, Rommie registrou a localização da peça, e, estando todos reunidos no gabinete de Dylan, ela relatou que a Mão de Deus ainda dispunha de energia suficiente para drenar suas baterias e deixar os processadores mais lentos. Mas nada que prejudicasse sua estrutura, ou causasse algum dano. Dylan então lhe recomendou que, da próxima vez que saísse da nave, não corresse riscos desnecessários, pois ele não gostaria de forma alguma de perdê-la.
Passou-se então, para a etapa seguinte: Dylan seria o próximo a sair para levar outra peça. E ele escolheu o cubo. Quando já estava pronto, ele avisou a Rhade que ia se ausentar por uns dias, e iria para Tarn Vedra, para ums reunião científica. O Nietzschean lhe desejou boa viagem, e lhe pediu encarecidamente que não trouxesse outra daquelas "tarefas escabrosas".
O Capitão subiu a bordo da Maru de mochila nas costas, e encontrou Beka sentada da cadeira do piloto, remexendo em alguns controles. Até que, em determinado momento, ela soltou um "Droga"! ... indagada do porque daquilo, ela disse que o computador de bordo não registrava nada. Rommie o tinha limpado. Dylan sorriu, achando graça na curiosidade de Beka. Ela até tentou "jogar verde" com ele, para ver se conseguia alguma coisa. Mas nada conseguiu, é claro.
Dylan não levou muito tempo para decolar com a Maru e saltar em turbilhão assim que se afastou da Andromeda. Ele viajou até um determinado campo de asteróides, e pousou em um dos grandes. Saindo da cabine do piloto, ele caminhou para a parte traseira da nave, e pensou no que Marlowe lhe dissera certa vez ... que eles, Paradines, eram estacionários, e todas as coisas vinham a eles. Só não contara os detalhes. Assim Dylan se acomodou o melhor que podia, e, fechando os olhos, pensou em um "onde" para ir ... só que em um futuro distante, de 200 anos à frente.
Ele esperava encontrar lá outro Paradine, a quem pudesse confiar a peça do Motor que levava consigo. Ele entoou baixinho uma espécie de mantra, e depois de alguns segundos, ao abrir novamente os olhos, viu-se em um vasto campo relvado, sob um céu imaculadamente azul e pontilhado de algumas poucas nuvens. Pássaros cantavam ao redor, e uma brisa suave acariciava-lhe o rosto. Era um lugar muito bonito, e ele murmurou: "Terra ... venha até mim, amigo Paradine!"
Num instante um clarão encheu o ar, e quando se dissipou, ele viu diante de si uma cópia sua em negativo. O outro sorriu para ele, vendo sua surpresa, e lhe esclareceu que ele não devia esquecer que os Paradines evoluíam ... e ele ainda não conhecia seus poderes até que se encontrassem ali. Dylan ficou um pouco confuso, e perguntou se aquilo significava que ele nunca ia morrer ... ao que o outro lhe disse que não exatamente; ele teria que descobrir por si mesmo. Acresentou ainda que as decisões que se toma, e que outros tomam acerca de você, determinam o que está por vir. Dylan não gostou muito daquela explicação, e foi logo dizendo que detestava enigmas. Vendo que a conversa não ia dar em nada, ele mudou de assunto, e disse que viera para ali para pedir que guardasse um objeto para ele. E estendeu o estranho cubo.
O outro não sabia bem o que era aquele curioso objeto, mas prometeu guardá-lo consigo. Dylan lhe deu uma breve explicação acerca do Motor da Criação, e o outro lhe deu razão de agir como agia ... seria mais seguro assim. E, despedindo-se, desapareceu em pleno ar. Dylan resolveu também sair dali, e novamente fechou os olhos, concentrando-se na Maru. Ao abri-los, viu-se exatamente onde estava antes de "transportar-se". Porém, ele sentia-se completamente esgotado, como se tivesse feito um enorme esforço físico. Não entendeu bem o porquê, mas sabia que precisava descansar antes de fazer a viagem de volta. Então, debruçando-se sobre a mesa, ele caiu no sono.
Última edição por Myriam Castro em Qui Nov 13, 2008 11:50 am, editado 1 vez(es)
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Idade : 64
Location : Minas Gerais - Brasil
Data de inscrição : 22/11/2007
Re: Temporada Virtual VII-03 - Safeguarding The Absolute
Continuando ...
Dylan acordou 36 horas depois. Ao constatar pelo tempo de bordo, o que se passara desde que "apagara", ele ficou preocupado. Esse poder de Paradine lhe custara muita energia ... ele levantou-se, ainda um pouco zonzo, e depois de um café, preparou-se para a viagem de volta.
Ao sair para o espaço normal, ele chamou Andromeda, e foi saudado por Rhade. Indagado se tudo correra bem, Dylan lhe deu uma resposta positiva. Antes de por os pés fora da Maru, ele apagou da memória do computador de bordo os dados de sua incursão. E assim que desembarcou, foi imediatamente para os seus aposentos gravar as coordenadas do local. Depois, já se ia preparando para deitar, quando soou o bip da porta. Eram Beka, Rommie e Trance. Ele não esperava ver sua oficial Médiac ali. E adivinhou que elas queriam saber por que ele pareceu levar bem menos tempo do que o estipulado. Ele então contou que usara seus poderes de Paradine para ir até o local onde queria ir, e isso o esgotara a tal ponto, que ele estava agora precisando desesperadamente descansar. Trance ficou um pouco preocupada, e lhe recomendou que da próxima vez, só fizesse isso em caso de extrema necessidade, e que, mesmo assim, sempre deixasse alguém por perto. Dylan concordou, e pediu-lhes licença para ficar sozinho, pois precisava mesmo descansar ...
Uma vez no corredor, Beka perguntou a Trance se ela ia querer partir logo ou esperaria algumas horas ou dias. Trance respondeu que ia sair imediatamente, pois, quanto antes despachassem as partes do Motor, tanto melhor para todos. Beka, estreitando os olhos, lhe perguntou ainda se ela sabia de alguma coisa mais, e Trance, sorrindo, respondeu que apenas conseguia seguir Dylan pelos instintos e sabia se ele estava bem ou não. E que Dylan, como Paradine, também desenvolvera uma capacidade semelhante. E nada mais disse sobre isso.
Beka e Rommie a seguiram até os seus aposentos, e ali ela pegou o coração de HG. Com uma breve despedida, ela simplesmente desapareceu no ar. Beka e Rommie se entreolharam. Beka perguntou à avatar se ela sentia falta dos velhos tempos, quando Dylan era apenas um Heavyworlder, seu comandante, e Trance uma criaturinha púrpura.
Rommie pensou um pouco, e concordou em que as coisas pareciam ser mais fáceis, pois "tudo" que tinham que fazer era restaurar a Comunidade. Não se falava em Paradines ou avatares de estrelas. Sim, velhos tempos! ... Mas, ponderou, eles ainda eram especiais, pois havia a peça de Shintaida, que precisaria de todos para ser movida. Beka tinha-se esquecido ... e ia perguntar outra coisa, quando o ar tremeluziu e Trance reapareceu, com aquele sorriso misterioso tão conhecido.
Bem, agora era a vez de Beka. Ela perguntou a Rommie se ainda tinha um daqueles dispositivos de segurança que Dylan mencionara ... e a avatar retirou do bolso o pequeno objeto e entregou-lho. Beka tinha na mente um local bastante adequado para esconder o "seu" pedaço: o tubo de Chelsea.
E advertiu a Rommie e Trance que talvez demorasse um pouco além do tempo estipulado. Dylan lembrou-lhe de que, se não houvesse contato, iria atrás dela. A caminho do hangar, ela passou pela oficina, e Harper a viu, vindo logo atrás dela a perguntar aonde ia. Ela disse que ia resolver um assunto particular ... e lembrou a ele que Dylan ia querer logo aquele equipamento de fazer milk-shake devidamente consertado, o que fez o engenheiro retornar rapidinho à oficina, não sem antes lhe desejar boa viagem.
Ela partiu na Maru, e em breve desapareceu em turbilhão. Seu objetivo era uma galáxia muito distante, que ela alcançou após uma dúzia de longos saltos, e três intervalos entre eles. Ela havia se lembrado de um certo planeta onde sua mãe costumava levá-la quando criança, para visitar um museu de antiguidades e "mergulhar na cultura", como ela dizia. Beka não gostava muito, mas acabou por decorar a localização de tal planeta.
Porém, quando ia dar o último salto, deu de cara com uma nave Nietzsachean, e teve que usar de toda a sua habilidade de "jogo-de-cintura", além de identificar-se como a Matriarca, para que os acompanhantes indesejáveis a deixassem em paz, já que, segundo alegou, viajava a negócios, e não queria ser perturbada.
O líder Nietzschean lhe disse que estavam perdidos naquele quadrante, e ela fez com eles um acordo: ela os guiaria para fora dali, e em troca eles iriam embora e a deixariam em paz. Eles concordaram, e, assim que se viram novamente em espaço conhecido, desapareceram. E Beka não demorou a chegar ao planeta. Uma vez na superfície, ela foi direto procurar o Curador de um certo museu, um tal Professor Lesin, e lhe mostrou o tubo, dizendo-se interessada em vendê-lo para o acervo da casa. Ela até aceitava um preço modesto, contanto que a peça nunca fosse vendida. Mas Lesin, profundo conhecedor de objetos valiosos - embora naquele caso nem soubesse o que era aquilo - lhe assegurou que ficaria com a peça. No fim, Beka teve que pechinchar um pouco, para arrematar seu "disfarce", e ainda saiu dali com alguns "trocados" no bolso.
No dia seguinte, ela decolou, a caminho de volta, e teve o dissabor de encontrar aquela nave novamente. Os "rapazes" tinham ficado muito ofendidos por serem tratados daquela maneira, e a ameaçaram, chegando a disparar contra ela, atingindo o sistema de gravidade artificial da Maru. Beka foi obrigada a fazer o resto da viagem metida em botas magnéticas ... mas conseguiu se livrar dos inoportunos.
Quando ia dar seu último salto, detectou um grande evento de turbilhão logo à frente, e ficou surpresa ao ver Andromeda!
Ela abriu um canal de comunicação, e um preocupado Dylan Hunt surgiu na tela. Ela ficou um pouco aborrecida, pensando se ele não estava confiando nela, mas Dylan, genuinamente aliviado ao vê-la viva e bem, lhe explicou que Andromeda havia detectado avarias em sua nave, e correra em seu socorro, deduzindo que precisava de ajuda. Então ela se lembrou do dispositivo ...
Dylan acordou 36 horas depois. Ao constatar pelo tempo de bordo, o que se passara desde que "apagara", ele ficou preocupado. Esse poder de Paradine lhe custara muita energia ... ele levantou-se, ainda um pouco zonzo, e depois de um café, preparou-se para a viagem de volta.
Ao sair para o espaço normal, ele chamou Andromeda, e foi saudado por Rhade. Indagado se tudo correra bem, Dylan lhe deu uma resposta positiva. Antes de por os pés fora da Maru, ele apagou da memória do computador de bordo os dados de sua incursão. E assim que desembarcou, foi imediatamente para os seus aposentos gravar as coordenadas do local. Depois, já se ia preparando para deitar, quando soou o bip da porta. Eram Beka, Rommie e Trance. Ele não esperava ver sua oficial Médiac ali. E adivinhou que elas queriam saber por que ele pareceu levar bem menos tempo do que o estipulado. Ele então contou que usara seus poderes de Paradine para ir até o local onde queria ir, e isso o esgotara a tal ponto, que ele estava agora precisando desesperadamente descansar. Trance ficou um pouco preocupada, e lhe recomendou que da próxima vez, só fizesse isso em caso de extrema necessidade, e que, mesmo assim, sempre deixasse alguém por perto. Dylan concordou, e pediu-lhes licença para ficar sozinho, pois precisava mesmo descansar ...
Uma vez no corredor, Beka perguntou a Trance se ela ia querer partir logo ou esperaria algumas horas ou dias. Trance respondeu que ia sair imediatamente, pois, quanto antes despachassem as partes do Motor, tanto melhor para todos. Beka, estreitando os olhos, lhe perguntou ainda se ela sabia de alguma coisa mais, e Trance, sorrindo, respondeu que apenas conseguia seguir Dylan pelos instintos e sabia se ele estava bem ou não. E que Dylan, como Paradine, também desenvolvera uma capacidade semelhante. E nada mais disse sobre isso.
Beka e Rommie a seguiram até os seus aposentos, e ali ela pegou o coração de HG. Com uma breve despedida, ela simplesmente desapareceu no ar. Beka e Rommie se entreolharam. Beka perguntou à avatar se ela sentia falta dos velhos tempos, quando Dylan era apenas um Heavyworlder, seu comandante, e Trance uma criaturinha púrpura.
Rommie pensou um pouco, e concordou em que as coisas pareciam ser mais fáceis, pois "tudo" que tinham que fazer era restaurar a Comunidade. Não se falava em Paradines ou avatares de estrelas. Sim, velhos tempos! ... Mas, ponderou, eles ainda eram especiais, pois havia a peça de Shintaida, que precisaria de todos para ser movida. Beka tinha-se esquecido ... e ia perguntar outra coisa, quando o ar tremeluziu e Trance reapareceu, com aquele sorriso misterioso tão conhecido.
Bem, agora era a vez de Beka. Ela perguntou a Rommie se ainda tinha um daqueles dispositivos de segurança que Dylan mencionara ... e a avatar retirou do bolso o pequeno objeto e entregou-lho. Beka tinha na mente um local bastante adequado para esconder o "seu" pedaço: o tubo de Chelsea.
E advertiu a Rommie e Trance que talvez demorasse um pouco além do tempo estipulado. Dylan lembrou-lhe de que, se não houvesse contato, iria atrás dela. A caminho do hangar, ela passou pela oficina, e Harper a viu, vindo logo atrás dela a perguntar aonde ia. Ela disse que ia resolver um assunto particular ... e lembrou a ele que Dylan ia querer logo aquele equipamento de fazer milk-shake devidamente consertado, o que fez o engenheiro retornar rapidinho à oficina, não sem antes lhe desejar boa viagem.
Ela partiu na Maru, e em breve desapareceu em turbilhão. Seu objetivo era uma galáxia muito distante, que ela alcançou após uma dúzia de longos saltos, e três intervalos entre eles. Ela havia se lembrado de um certo planeta onde sua mãe costumava levá-la quando criança, para visitar um museu de antiguidades e "mergulhar na cultura", como ela dizia. Beka não gostava muito, mas acabou por decorar a localização de tal planeta.
Porém, quando ia dar o último salto, deu de cara com uma nave Nietzsachean, e teve que usar de toda a sua habilidade de "jogo-de-cintura", além de identificar-se como a Matriarca, para que os acompanhantes indesejáveis a deixassem em paz, já que, segundo alegou, viajava a negócios, e não queria ser perturbada.
O líder Nietzschean lhe disse que estavam perdidos naquele quadrante, e ela fez com eles um acordo: ela os guiaria para fora dali, e em troca eles iriam embora e a deixariam em paz. Eles concordaram, e, assim que se viram novamente em espaço conhecido, desapareceram. E Beka não demorou a chegar ao planeta. Uma vez na superfície, ela foi direto procurar o Curador de um certo museu, um tal Professor Lesin, e lhe mostrou o tubo, dizendo-se interessada em vendê-lo para o acervo da casa. Ela até aceitava um preço modesto, contanto que a peça nunca fosse vendida. Mas Lesin, profundo conhecedor de objetos valiosos - embora naquele caso nem soubesse o que era aquilo - lhe assegurou que ficaria com a peça. No fim, Beka teve que pechinchar um pouco, para arrematar seu "disfarce", e ainda saiu dali com alguns "trocados" no bolso.
No dia seguinte, ela decolou, a caminho de volta, e teve o dissabor de encontrar aquela nave novamente. Os "rapazes" tinham ficado muito ofendidos por serem tratados daquela maneira, e a ameaçaram, chegando a disparar contra ela, atingindo o sistema de gravidade artificial da Maru. Beka foi obrigada a fazer o resto da viagem metida em botas magnéticas ... mas conseguiu se livrar dos inoportunos.
Quando ia dar seu último salto, detectou um grande evento de turbilhão logo à frente, e ficou surpresa ao ver Andromeda!
Ela abriu um canal de comunicação, e um preocupado Dylan Hunt surgiu na tela. Ela ficou um pouco aborrecida, pensando se ele não estava confiando nela, mas Dylan, genuinamente aliviado ao vê-la viva e bem, lhe explicou que Andromeda havia detectado avarias em sua nave, e correra em seu socorro, deduzindo que precisava de ajuda. Então ela se lembrou do dispositivo ...
Última edição por Myriam Castro em Qui Nov 13, 2008 11:50 am, editado 1 vez(es)
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Re: Temporada Virtual VII-03 - Safeguarding The Absolute
Continuando ...
Dylan não queria que Harper visse a Maru, pois não estava disposto a contar sobre o projeto, e ordenou que um dos outros engenheiros fosse consertar a avaria. Mas Harper ficou sabendo e foi procurar o Capitão, parecendo sentido por ter sido deixado de lado, ainda mais em se tratando da Maru ... então Dylan, com um suspiro, lhe deu uma rápida explicação, sem muitos detalhes, acerca do projeto de esconder o Motor da Criação.
Para sua surpresa, o engenheiro não só entendeu, como aprovou a atitude, pois também não gostava nem um pouco de ter um alvo pintado no seu traseiro ...
Agora, só restava esconder a peça de Shintaida. Dessa vez, lembrou Beka, deveriam sair os três para levar o artefato, e isso certamente chamaria a atenção de mais gente a bordo. Mas Dylan tinha um plano ... como sempre. Ele pretendia esconder aquela peça no lugar mais seguro que conhecia ... a câmara funerária de seu pai, em Tarn Vedra. Ele explicou que era solo sagrado, onde repousavam somente os Vedrans mais honrados, e não tinha importância para ninguém mais, embora fosse um local muito respeitado.
Assim foi feito. Dylan sempre sentia a emoção à flor da pele toda vez que visitava aquele local ... acompanhado por Beka e Trance, ele entrou no mausoléu, e, com sua chave específica, abriu a câmara. A Túnica funerária de seu pai ainda estava lá, e ele ficou pensando se deveria retirá-la, até que Trance lhe disse que, se estava ali, talvez fosse porque seu pai a deixara para ele. A Câmara tinha o tamanho exato para conter o artefato, que foi então cuidadosamente guardado. Em seguida, ele tornou a fechar a Câmara, e saíram dali, ele levando consigo a Túnica.
De volta à Andromeda, eles então gravaram juntos a localização da peça. Restava agora uma última etapa: esconder o flexi. Dylan tinha o local em sua mente, e, segurando o flexi, pediu a elas que ficassem ali, pois ele teria que se teleportar, e queria que elas o aguardassem, para o caso de ele precisar de ajuda quando retornasse. Ele então afastou-se alguns passos, e, fechando os olhos, concentrou-se. Em poucos segundos, ele desapareceu. Ficou ausente por cerca de 15 minutos, e então surgiu novamente. Estava exausto, e perguntou a Trance por que aquilo era tão difícil e estafante para ele. Trance lhe explicou que essa capacidade não era comum à maioria das pessoas, e uma vez que ele era um meio-sangue de outra raça, sempre seria difícil. Ela voltou a recomendar que ele evitasse fazer aquilo, a menos que não houvesse outra saída.
Ele teve que concordar com ela. E mais uma vez, pediu-lhes licença para se recolher e descansar. Trance e Beka se entreolharam, preocupadas, mas acabaram por aceitar a situação tal como era, e se retiraram.
Sozinho mais uma vez, Dylan deitou-se ao lado da Túnica de seu pai, e adormeceu profundamente.
Dylan não queria que Harper visse a Maru, pois não estava disposto a contar sobre o projeto, e ordenou que um dos outros engenheiros fosse consertar a avaria. Mas Harper ficou sabendo e foi procurar o Capitão, parecendo sentido por ter sido deixado de lado, ainda mais em se tratando da Maru ... então Dylan, com um suspiro, lhe deu uma rápida explicação, sem muitos detalhes, acerca do projeto de esconder o Motor da Criação.
Para sua surpresa, o engenheiro não só entendeu, como aprovou a atitude, pois também não gostava nem um pouco de ter um alvo pintado no seu traseiro ...
Agora, só restava esconder a peça de Shintaida. Dessa vez, lembrou Beka, deveriam sair os três para levar o artefato, e isso certamente chamaria a atenção de mais gente a bordo. Mas Dylan tinha um plano ... como sempre. Ele pretendia esconder aquela peça no lugar mais seguro que conhecia ... a câmara funerária de seu pai, em Tarn Vedra. Ele explicou que era solo sagrado, onde repousavam somente os Vedrans mais honrados, e não tinha importância para ninguém mais, embora fosse um local muito respeitado.
Assim foi feito. Dylan sempre sentia a emoção à flor da pele toda vez que visitava aquele local ... acompanhado por Beka e Trance, ele entrou no mausoléu, e, com sua chave específica, abriu a câmara. A Túnica funerária de seu pai ainda estava lá, e ele ficou pensando se deveria retirá-la, até que Trance lhe disse que, se estava ali, talvez fosse porque seu pai a deixara para ele. A Câmara tinha o tamanho exato para conter o artefato, que foi então cuidadosamente guardado. Em seguida, ele tornou a fechar a Câmara, e saíram dali, ele levando consigo a Túnica.
De volta à Andromeda, eles então gravaram juntos a localização da peça. Restava agora uma última etapa: esconder o flexi. Dylan tinha o local em sua mente, e, segurando o flexi, pediu a elas que ficassem ali, pois ele teria que se teleportar, e queria que elas o aguardassem, para o caso de ele precisar de ajuda quando retornasse. Ele então afastou-se alguns passos, e, fechando os olhos, concentrou-se. Em poucos segundos, ele desapareceu. Ficou ausente por cerca de 15 minutos, e então surgiu novamente. Estava exausto, e perguntou a Trance por que aquilo era tão difícil e estafante para ele. Trance lhe explicou que essa capacidade não era comum à maioria das pessoas, e uma vez que ele era um meio-sangue de outra raça, sempre seria difícil. Ela voltou a recomendar que ele evitasse fazer aquilo, a menos que não houvesse outra saída.
Ele teve que concordar com ela. E mais uma vez, pediu-lhes licença para se recolher e descansar. Trance e Beka se entreolharam, preocupadas, mas acabaram por aceitar a situação tal como era, e se retiraram.
Sozinho mais uma vez, Dylan deitou-se ao lado da Túnica de seu pai, e adormeceu profundamente.
Última edição por Myriam Castro em Qui Nov 13, 2008 11:51 am, editado 1 vez(es)
Myriam Castro- Número de Mensagens : 4767
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Re: Temporada Virtual VII-03 - Safeguarding The Absolute
Interessante episódio, não é?
E lindo como Dylan e Saoirse se amam ... Dylan mais a ela do que vice-versa, ao que parece ...
A curiosa capacidade de "desaparecer" em pleno ar que Dylan possui, lembrou a daquele velho líder do Arkology - Marlowe, se não me engano -, no final da IV Temporada, que se desvaneceu em um suave clarão, diante do Conselho e do próprio Dylan ... e deixando para o Capitão da Andromeda a responsabilidade de guiar aquele povo.
Bem, naquela ocasião, Dylan não se saiu muito bem em tentar convencer os habitantes da colônia a se defender dos Magogs, porque ali, os valores eram outros ... como ele veio a descobrir depois.
E lindo como Dylan e Saoirse se amam ... Dylan mais a ela do que vice-versa, ao que parece ...
A curiosa capacidade de "desaparecer" em pleno ar que Dylan possui, lembrou a daquele velho líder do Arkology - Marlowe, se não me engano -, no final da IV Temporada, que se desvaneceu em um suave clarão, diante do Conselho e do próprio Dylan ... e deixando para o Capitão da Andromeda a responsabilidade de guiar aquele povo.
Bem, naquela ocasião, Dylan não se saiu muito bem em tentar convencer os habitantes da colônia a se defender dos Magogs, porque ali, os valores eram outros ... como ele veio a descobrir depois.
Última edição por Myriam Castro em Qui Nov 13, 2008 11:51 am, editado 1 vez(es)
Myriam Castro- Número de Mensagens : 4767
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Re: Temporada Virtual VII-03 - Safeguarding The Absolute
Outro episódio do arco Dylan-Saoirse. Sinto pena deles dois...juntos mas separados e vice-versa.
E acho que Dylan foi muito coerente em separar as peças do Motor da Criação.
Obrigada, Myriam, rever Dylan e equipe é sempre delicioso!
E acho que Dylan foi muito coerente em separar as peças do Motor da Criação.
Obrigada, Myriam, rever Dylan e equipe é sempre delicioso!
mara- Número de Mensagens : 19302
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Re: Temporada Virtual VII-03 - Safeguarding The Absolute
É, eu também achei muito sábio da parte dele retirar aquele poderoso - e perigoso - artefato da Andromeda, pois não tinha a intenção de usá-lo novamente, e além disso, aquilo estava pondo sua nave e todos a bordo em constante risco.
Para ele, o Motor da Criação já tinha cumprido seu papel.
Para ele, o Motor da Criação já tinha cumprido seu papel.
Última edição por Myriam Castro em Qui Nov 13, 2008 11:52 am, editado 1 vez(es)
Myriam Castro- Número de Mensagens : 4767
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Re: Temporada Virtual VII-03 - Safeguarding The Absolute
Há um outro ponto a considerar ...
A peça que catalisava o funcionamento do Motor, possibilitando a liberação de seu tremendo poder, era ... Andromeda, através de seu avatar, Rommie.
E Andromeda era intocável ... especialmente com Dylan no comando.
Portanto, mesmo que alguém, em algum tempo ou lugar, conseguisse encontrar e reunir as partes do artefato - o que era altamente improvável - jamais conseguiria fazê-lo funcionar.
A peça que catalisava o funcionamento do Motor, possibilitando a liberação de seu tremendo poder, era ... Andromeda, através de seu avatar, Rommie.
E Andromeda era intocável ... especialmente com Dylan no comando.
Portanto, mesmo que alguém, em algum tempo ou lugar, conseguisse encontrar e reunir as partes do artefato - o que era altamente improvável - jamais conseguiria fazê-lo funcionar.
Myriam Castro- Número de Mensagens : 4767
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