ANDROMEDA INTERESTING - Detalhes Interessantes de Andromeda

O legal em Rommie/Andrômeda, além do aspecto funcional, é a capacidade de aprender com o nível de consciência que os humanos lhe transmitem. Ela, como uma criança, observa e se deixa envolver de tal forma que supera o seu projeto original de existência.
Lindo!

É verdade, Myriam... Tyr era uma presa fácil por sua ambição.

Lembro-me de que, uma vez, Harper perguntou a Telemachus Rhade se ele acreditava no Diabo.
Sábias palavras do jovem Nietzschean:
"Eu acredito que o Mal realmente existe, e ele sempre tenta dominá-lo aqui (apontou para a cabeça do engenheiro). Mas você sempre pode combatê-lo, com isso (e apontou para o coração do colega)."

Ou seja, quem tem sentimentos puros e boa índole, nunca será presa do Mal.
Por isso, Dylan era "inatingível", e passou isso para todos os outros.
Engraçado como um indivíduo treinado como soldado - ou seja, guerreiro, que muitas vezes acaba ceifando vidas em combate -, como era o caso de Dylan, preservou sua conduta essencialmente pacifista, evitando conflitos sempre que podia. Ele se sentia verdadeiramente deprimido quando tinha que matar alguém ... vide a famosa Batalha de Witchhead Nebula, onde foi obrigado a eliminar centenas de naves e milhares de vidas senscientes, para preservar o equilíbrio da linha do tempo.

Acho que matar é a última opção de qualquer estrategista sábio, Myriam, por isso Dylan, que valorizava a vida e a paz, sempre optou por soluções mais maduras.
Acho que o "mal" é a contra parte de qualquer comportamento quando não entendemos como funcuiona o Todo, mas ele acaba desaparecendo, até que só o Bem permaneça.

É interessante como Dylan fica frustrado quando sua estratégia não sai como o esperado... é assim tbm na vida, vc planeja de um jeito, mas sempre tem um espirito de porco lá na frente pra estragar tudo... :x

Faz a vida ficar mais inteira, Vivi... embora na hora não pareça. Torna a gente mais forte!

É verdade, meu amor... é sempre duro!

Pessoal, só abrindo um pequeno parêntesis, eu estava repassando os tópicos de cada episódio já postado, e constatei que o episódio mais lido até agora, foi "III-17 - Vault of the Heavens" (III Temporada), com 327 visitas!
De fato, esse episódio foi lindo! ...

Em seguida, curiosamente, foram os episódios das Temporadas Virtuais que foram mais lidos - e olhem que todos foram bastante longos, em relação às sinopses da saga original.
Isso me fez pensar se os fãs, no fundo, não estariam desejando que a saga continuasse na TV, estendendo-se por mais do que as conhecidas 5 Temporadas.

Pois é Myriam... isso é mais do que uma indireta, né?

Zack Stentz (writer): The Aeneid is a lot harsher than many people think. Remember, it's not just the desperate flight from Troy, but the war along the banks of the Tiber against Turnus, an implaccable enemy who isn't actually such a bad guy. The Aeneid ends with Aeneas mercilessly slaying Turnus. Likewise, the Iliad is, in the midst of the brutality, a lot more humane than often believed. Achilles does his whole descent into berserker vengefulness, true, but by the end he's sitting in his tent weeping with Priam over their mutual losses. Aeneas never re-connects with his humanity the way Achilles does-- IMHO, of course.
And we did try to humanize Nietzscheans with subtle touches like Cuchulain checking pulses and helping wounded soldiers to their feet, to emphasize his concern for his troops. The inclusion of the Beka/Quechua subplot was an intentional counterpoint, as you noticed, to emphasize that these spaceships that explode so beautifully are actually piloted by living, feeling beings-- many of whom are actually pretty decent folks. To get pretentious and meta for a second (please excuse me!)-- it was our strange little attempt to do the Homeric thing -- humanize the enemy even as you describe his death. But while Homer was able to do it for nearly all his soldiers (providing lovely little thumbnail biographies of fighting men before describing their violent deaths in excruciating detail), we only had time for one....but Quechua, in her own way, was meant to stand in for the rest of the Nietzschean soldiers, pilots, and technicians killed in the episode.
We're no Homer, of course, but like him we're trying to achieve that elusive balance in war story telling between sadism and sentimentality. And I hope we succeeded just a little. (11.11.01 Slipstream BBS)

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Zack Stentz (escritor): "A 'Eneida' é muito mais cruel do que muitas pessoas acham. Lembrem-se, não é apenas a fuga desesperada de Tróia, mas a guerra ao longo dos bancos do Tíber contra Turnus, um inimigo implacável que não era assim
tão mau. A 'Eneida' termina com Enéas degolando impiedosamente Turnus. Do mesmo modo, a 'Ilíada' é, em meio à brutalidade, muito mais humana do que frequentemente acreditavam. Aquiles torna toda a sua queda em um furor vingativo,
de fato, mas ao final senta-se em sua tenda, lamentando com Príamo sobre suas
mútuas perdas. Enéas nunca se re-conecta com sua humanidade da maneira como
Aquiles o faz.
E nós tentamos humanizar os Nietzscheans com toques sutis, como Cuchulain
checando pulsos e ajudando os soldados feridos a levantar-se, para enfatizar sua
preocupação com suas tropas. A inclusão da trama paralela Beka/Quechua foi um
contraponto intencional, como vocês notaram, para enfatizar que essas naves que
explodem tão espetacularmente são pilotadas por seres senscientes - muitos dos quais podem ser colegas decentes. Para se pretencioso por um segundo (por favor,
desculpem!) foi nossa pequena e estranha tentativa de fazer a coisa bem 'Homérica' - humanizar um inimigo mesmo enquanto descreve sua morte. Mas, enquanto
Homero foi capaz de fazer por quase todos os seus soldados (providenciando belas
biografias de homens que lutavam antes de descrever suas mortes violentas em detalhes excruciantes), apenas tivemos tempo para uma ... mas Quechua, ao seu próprio modo, ficou pelo resto dos soldados, pilotos e técnicos Nietzscheans mortos
no episódio.
Não somos Homero, naturalmente, estávamos tentando concluir aquele equilíbrio alusivo em histórias de guerra, contando entre sadismo e sentimentalismo. E eu
espero que tenhamos conseguido, ao menos um pouco." (11/11/01 Slipstream BBS)


Interessante ...
Mas, por outro lado, Quechua continuava a ser uma Nietzschean, arrogante, pretensiosa, "superior" ... atitude que acabou por esgotar a paciência de Beka, que disparou o torpedo com cara de "ah-cale-essa-boca-fanfarrona!"
Quanto a Cuchulain, esse estava, por seu lado, convencido de que tinha apanhado
três "peixes grandes": o esquivo Capitão da Andromeda, sua poderosa nave, e o ladrão que roubara os restos mortais de Drago Museveni. Sem falar da própria múmia em questão ...
Porém, ele quebrou a cara, ao perceber que não conseguiria ter nenhum. E teve que aceitar a derrota!

Que epísódio legal, não, querida? Tão cheio de sutilezas. Os escritores eram pessoas de vasta informação cultural e enorme sensibilidade!

"And… cut!" announces director Allan Kroeker. It's day four on "Una Salus Victus". <...> As the show's FX team begin resetting their pyrotechnics for another take, cast members Kevin Sorbo and Keith Hamilton Cobb take a moment to relax. "That was even better that I had imagined," Kroeker tells them. "It's almost a Western, isn't it?"
<...> Kevin Sorbo: "Tyr and I have gone down to a planet that used to house the High Guard station, Acheron, which during the heyday of the Commonwealth was like the Pearl Harbor of the fleet. The Nietzscheans have now taken it over, and these are the Drago-Kazov, so there are plenty of bad guys there. All the Nietzscheans in this time frame are pretty bad guys, but even the other Nietzschean prides don't like the Drago-Kazov. We are down there as saboteurs; we're going to set a bunch of explosives and blow the place to kingdom come. In the scene we are doing now, I have a map of the entire place, because it has been part of my High Guard thing forever, so I have a map of the corridors, caverns and chambers and how to get around the place. They have defense systems put up everywhere, and we have got to take them out, so that's what we're doing today. It's a great show for us. We did a day on location, rappelling, flying around and doing fight scenes. Keith and I had fun. It has been a really good relationship between our two characters, because they are very adversarial, but there is a grudging mutual respect between them." (11.01 Starlog #292)

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"E ... corta!" anunciou o diretor Allan Kroeker.
Era o dia 4 de "Una Salus Victus". (...) E enquanto a equipe do show do FX tinha começado a ajustar os efeitos pirotécnicos para outra sequência, os membros do elenco Kevin Sorbo e Keith Hamilton Cobb aproveitavam para descansar. "Isso foi mesmo bem melhor do que eu tinha imaginado", Kroeker lhes disse, "Quase como um 'western', não?" (...)
Kevin Sorbo: "Tyr e eu tínhamos descido a um planeta que costumava sediar uma estação da Alta Guarda, Acheron, que durante o apogeu da Comunidade fora como uma 'Pearl Habor' para a frota. Os Nietzscheans agora a tinham tomado, e esses eram os Drago-Kazov, e assim, havia um bocado de bandidos por lá. Todos os Nietzscheans nessa época eram de fato bandidos, mas mesmo outros clãs não como os Drago-Kazov. Estávamos lá como sabotadores ...íamos colocar uma carga de explosivos e destruir o lugar. Na cena que estamos fazendo agora, eu tenho um mapa de todo o local, porque tinha sido parte dos meus tempos de Alta Guarda, e assim eu tinha um mapa de todos os corredores, cavernas e câmaras, e de como circular por ali. Eles tinham sistemas de defesa por toda parte, e tínhamos que passar por eles, e então é o que estamos fazendo hoje. É um grande espetáculo para nós. Passamos um dia no local, praticando rapel, voando e gravando cenas de luta. Keith e eu nos divertimos. Fora um relacionamento realmente bom entre os dois personagens, porque, mesmo sendo eles adversários, havia um respeito mútuo entre eles." (11/01 Starlog # 292)

É, aquelas sequências foram mesmo legais ... Dylan atravessando um abismo entre montanhas apenas dependurado por um cabo de rapel foi o máximo!
E Tyr parecia cada vez mais impressionado com as habilidades dele (acho que ele ainda achava que Dylan era "inferior" por ser humano ...)
A cara que Tyr fez, desconcertado quando Dylan descobriu que os restos mortais do Progenitor estavam escondidos na Andromeda ... parecia um garotinho levado apanhado no flagrante com a mão no pote de doces ... Hahahahaha!
Dylan mostrou mais uma vez sua grande sagacidade, pois descobriu logo um meio de tirar proveito das circunstâncias. Raposa do espaço! ...

Uau, que delícia de relembrar, Myriam. Adorei a frase final de Dylan, quando Tyr diz a ele que com sua manobra ameaçando explodir tudo com eles dentro, Dylan havia ficado vunerável.
E Dylan responde: "não se trata de ficar invulnerável, trata-se de ficar pronto...para tudo"!

Kevin, à época, definiu a atitude de Dylan como a la Mel Gibson em Máquina Mortífera...dava pra ver uma certa loucura em seu olhar. No caso de Dylan, como você bem mencionou, ele tinha uma percepção muito ampla de Tyr e de sua raça e sabia que tinha de convencê-los...arriscou tudo!
Valeu, Myriam!

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Orpheus (membro do Conselho): "O jogo de Dylan me lembra o de Nikita
Kruschev, que costumava bater o sapato na mesa durante uma reunião
das Nações Unidas para interromper os outros preletores, quando a união Soviética tinha acabado de iniciar seu Programa Nuclear. Os EUA tinham
mais conhecimento e poderio militar, mas o mundo se preocupava mais
com os soviéticos possivelmente mais instáveis - que choravam por toda
concessão que podiam. Tenho uma foto que mostra Kruschev em sua
escrivaninha, numa reunião das Nações Unidas, com uma caixa de sapatos bem visível a seus pés. Ele não tirou os sapatos e os bateu na mesa ... era um estratagema planejado." (20/11/01 Slipstream BBS)

Zack Stentz (escritor): "Nossa parte nisso era que Dylan sabia que Tyr
tirou alguma coisa que pertencia aos Dragans, mas não pensava que Tyr teria a franca audácia de furtar os ossos de Drago, até confrontar-se com a evidência insinuada por Cuchulain. É a única razão que explica por que Dylan não confrntou Tyr há mais tempo por tornar sua nave um ímã para Nietzscheans hostis." (20/11/01 Slipstream BBS)


É ... Dylan estava se tornando astuciosamente diabólico, não? Aquela era
uma época de completo caos, de "cada um por si", e ele percebeu que
Tyr, como mercenário, com certeza também era oportunista.
Só que ele, Dylan, soube pensar mais rápido ... ele colocou não só as
vidas de Cuchulain e seus homens na mesa de jogo ... arriscou também
a de Tyr e a sua própria.
"Nietzscheans hostis", disse Stentz. Ora ... e por acaso, naqueles tempos, havia algum Nietzschean "amigável" ...?

É, Myriam, ainda tem muitos assim por este planeta também...