Temporada Virtual VI-20 - IN THE NICK OF TIME
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:: ANDROMEDA :: TV Series Andromeda
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Temporada Virtual VI-20 - IN THE NICK OF TIME
No Esboço do Tempo
Texto original em inglês de Inara
"Passado, Presente e Futuro.
Tudo é interligado nas correntes do Tempo.
E qualquer coisa que afeta uma, consequentemente afeta todas elas."
Bashira, Alta Sacerdotisa pariense
CY 5385
Dylan estava em seu gabinete, examinando alguns relatórios, quando soou o bip da porta, e um Seamus Harper parecendo desconfortável entrou. O Capitão recostou-se na cadeira e aguardou ... ele conhecia Harper muito bem, e sabia que não valia a pena "forçar a barra".
Finalmente, o jovem engenheiro disse que seu Dispositivo de Teletransporte Quântico (QTD) já estava funcional, e que ele queria utilizá-lo para voltar para casa.
Dylan não esperava ouvir aquilo, e ficou surpreso. Pensou numa maneira de lidar melhor com a situação. Harper percebeu a hesitação de Dylan, e se apressou em tranquilizá-lo, dizendo que tinha plena consciência de que a Terra se fora, e que nada podia mudar isso. Mas ele precisava ir lá ... só para dizer seu adeus.
Dylan disse que sabia como ele se sentia, mas que não estava bem certo se a máquina funcionaria, e não queria de forma alguma perdê-lo. Harper replicou que, se fora capaz de levar a ele, Dylan, para o passado, para rever Sarah, ia também funcionar desta vez ... e que agora estava bem mais eficiente, revisada e melhorada. Dylan então pediu-lhe que apenas provasse isso, e o deixaria ir.
O engenheiro vibrou, e insistiu para com o Capitão que o acompanhasse até à Oficina, apesar de já ser tarde da noite (pelo tempo de bordo). Mesmo cansado, Dylan teve que ir.
Já estavam lá havia duas horas, quando Dylan subitamente sentiu a presença de alguém, e virou-se ... e deu de cara com Trance.
Ela perguntou por que ambos não tinham ido dormir. Dylan acenou para ela, sabendo que era comum encontrá-la vagueando pelos corredores da nave, ou ficar horas a fio na Hidroponia, mesmo quando todos a bordo dormiam.
Ela esperou Harper se afastar, e então conversou com Dylan sobre o jovem. Sabia que Dylan relutava em permitir que ele fosse, com medo de Harper se perder para sempre ... ou desertar e nunca mais querer voltar para a Andromeda.
E lembrou-lh a história da vida do rapaz, a trágica experiência por que passara. Pousando a mão no braço de Dylan, ela o encarou bem nos olhos, e lhe assegurou que tudo ficaria bem ... ele voltaria.
Então, uma terceira pessoa se manifestou. Dylan viu Rhade na porta, que perguntou se ninguém dormia naquela nave. Sorrindo, acrescentou que adivinhava ser Harper o motivo da conversa. Dylan lhe explicou que Harper queria usar o QTD para voltar à Terra.
O Nietzschean arregalou os olhos. Voltar àquele buraco do Inferno?! Por quê? Mas Dylan sentiu que algo mais incomodava Rhade, e, pedindo licença, chamou-o para conversar em particular.
(continua abaixo)...
Última edição por Myriam Castro em Qui Nov 13, 2008 6:48 pm, editado 1 vez(es)
Myriam Castro- Número de Mensagens : 4767
Idade : 64
Location : Minas Gerais - Brasil
Data de inscrição : 22/11/2007
Re: Temporada Virtual VI-20 - IN THE NICK OF TIME
Continuando ...
No gabinete de Dylan, ambos ainda permaneceram em silêncio por alguns minutos. Dylan sabia que alguma coisa estava perturbando o jovem oficial, e procurou deixá-lo à vontade. Finalmente Rhade começou. Disse que não se sentia bem por ter-se relacionado com aquela mulher em Nirvana ... era como se tivesse traído sua esposa, que ficara em Tarazed. Dylan estranhou, pois sabia que a poligamia era costume tradicional entre os Nietzscheans. Mas, vendo naquele momento o comportamento de Rhade, percebeu que os clãs originários de Tarazed já não mais praticavam esse costume. Ademais, Rhade lhe relatara que havia sido drogado. Ele não devia culpar-se por isso. E como iria saber que alguns caçadores de recompensas haviam descoberto que estavam ali em Nirvana? Crystal ... era espiã deles! Foi por isso que procurara Rhade.
Dylan sorriu para o seu Oficial-de-Armas, e isso acalmou aquele desconforto que ele sentia. Ele pediu ao Capitão que lhe permitisse se ausentar por uns dias, para ir a Tarazed visitar sua família. Dylan concedeu a permissão de bom grado, e disse que não se esquecesse da próxima missão. Com uma respeitosa continência, o Nietzschean despediu-se.
Mais tarde, Dylan retornou à oficina, para acompanhar o progresso de Harper. Trance ainda estava lá com ele, e ambos saudaram Dylan jovialmente. Harper explicou que estava calibrando o equipamento cuidadosamente, para que o deixasse na Terra bem antes do cataclisma. E para que o salto fosse o mais preciso possível, Andromeda teria ir ao Sistema Solar, e ficar posicionada na órbita antes percorrida pela Terra. Rommie o estaria monitorando todo o tempo.
O recinto todo parecia reverberar com a excitação de Harper ... o engenheiro contava e recontava seu plano, até que Dylan, erguendo a mão, interrompeu-o.
Ele se aproximou da máquina, tocando o metal frio. Sua mente voltou ao dia em que ele entrara ali ... a alegria de ter Sarah novamente nos braços, apenas para ver seu sonho despedaçado, quando não pôde trazê-la consigo. Será que ele iria querer que o mesmo acontecesse com Harper? Deixar a família para trás, sabendo que a Terra explodiria com tudo e todos?
Dylan receava que alguma coisa desse errado e ele perdesse Harper. Balançou a cabeça. Disse que queria ver mais provas, e um relatório completo do funcionamento, e só então deixaria Harper ir. O engenheiro ficou triste ... perguntou-lhe se não confiava nele, ao que Dylan, sério, respondeu que confiava, sim . Só não confiava era na máquina ...
Dias depois, lá estava Dylan novamente na Oficina, para acompanhar um dos testes de Harper. Cumprimentou o engenheiro, achando até graça no entusiasmo contagiante dele. Olhou para a plataforma da máquina e viu um daqueles melões que ele tinha usado nas primeiras experiências.
Harper começou a manipular os painéis de controle do equipamento, e logo um clarão brilhante inundou o recinto e envolveu o melão. Dylan queria saber se não haveria suco de melão na outra plataforma. Mas a fruta desapareceu por alguns minutos, e quando Harper novamente acionou a máquina, o melão retornou pela outra plataforma, aparentemente intacto. Porém, mesmo vendo que o teste fora bem sucedido, Dylan não pareceu muito convencido. Disse que queria um relatório completo, de testes com outros objetos, e que aguardaria em seus aposentos. Então, retirou-se da Oficina, deixando Harper resmungando atrás de si.
Agora que a missão estava iminente, Dylan se sentia na obrigação de providenciar tudo para assegurar a Harper uma boa viagem - e o seu seguro retorno para a Andromeda.
Quando algum tempo depois o viu no refeitório, notou que ele parecia cansado. Perguntou-lhe se ele tinha dormido bem nos últimos dois dias, ao que Harper respondeu meio que displicentemente, que não se lembrava ...
(continua abaixo)...
No gabinete de Dylan, ambos ainda permaneceram em silêncio por alguns minutos. Dylan sabia que alguma coisa estava perturbando o jovem oficial, e procurou deixá-lo à vontade. Finalmente Rhade começou. Disse que não se sentia bem por ter-se relacionado com aquela mulher em Nirvana ... era como se tivesse traído sua esposa, que ficara em Tarazed. Dylan estranhou, pois sabia que a poligamia era costume tradicional entre os Nietzscheans. Mas, vendo naquele momento o comportamento de Rhade, percebeu que os clãs originários de Tarazed já não mais praticavam esse costume. Ademais, Rhade lhe relatara que havia sido drogado. Ele não devia culpar-se por isso. E como iria saber que alguns caçadores de recompensas haviam descoberto que estavam ali em Nirvana? Crystal ... era espiã deles! Foi por isso que procurara Rhade.
Dylan sorriu para o seu Oficial-de-Armas, e isso acalmou aquele desconforto que ele sentia. Ele pediu ao Capitão que lhe permitisse se ausentar por uns dias, para ir a Tarazed visitar sua família. Dylan concedeu a permissão de bom grado, e disse que não se esquecesse da próxima missão. Com uma respeitosa continência, o Nietzschean despediu-se.
Mais tarde, Dylan retornou à oficina, para acompanhar o progresso de Harper. Trance ainda estava lá com ele, e ambos saudaram Dylan jovialmente. Harper explicou que estava calibrando o equipamento cuidadosamente, para que o deixasse na Terra bem antes do cataclisma. E para que o salto fosse o mais preciso possível, Andromeda teria ir ao Sistema Solar, e ficar posicionada na órbita antes percorrida pela Terra. Rommie o estaria monitorando todo o tempo.
O recinto todo parecia reverberar com a excitação de Harper ... o engenheiro contava e recontava seu plano, até que Dylan, erguendo a mão, interrompeu-o.
Ele se aproximou da máquina, tocando o metal frio. Sua mente voltou ao dia em que ele entrara ali ... a alegria de ter Sarah novamente nos braços, apenas para ver seu sonho despedaçado, quando não pôde trazê-la consigo. Será que ele iria querer que o mesmo acontecesse com Harper? Deixar a família para trás, sabendo que a Terra explodiria com tudo e todos?
Dylan receava que alguma coisa desse errado e ele perdesse Harper. Balançou a cabeça. Disse que queria ver mais provas, e um relatório completo do funcionamento, e só então deixaria Harper ir. O engenheiro ficou triste ... perguntou-lhe se não confiava nele, ao que Dylan, sério, respondeu que confiava, sim . Só não confiava era na máquina ...
Dias depois, lá estava Dylan novamente na Oficina, para acompanhar um dos testes de Harper. Cumprimentou o engenheiro, achando até graça no entusiasmo contagiante dele. Olhou para a plataforma da máquina e viu um daqueles melões que ele tinha usado nas primeiras experiências.
Harper começou a manipular os painéis de controle do equipamento, e logo um clarão brilhante inundou o recinto e envolveu o melão. Dylan queria saber se não haveria suco de melão na outra plataforma. Mas a fruta desapareceu por alguns minutos, e quando Harper novamente acionou a máquina, o melão retornou pela outra plataforma, aparentemente intacto. Porém, mesmo vendo que o teste fora bem sucedido, Dylan não pareceu muito convencido. Disse que queria um relatório completo, de testes com outros objetos, e que aguardaria em seus aposentos. Então, retirou-se da Oficina, deixando Harper resmungando atrás de si.
Agora que a missão estava iminente, Dylan se sentia na obrigação de providenciar tudo para assegurar a Harper uma boa viagem - e o seu seguro retorno para a Andromeda.
Quando algum tempo depois o viu no refeitório, notou que ele parecia cansado. Perguntou-lhe se ele tinha dormido bem nos últimos dois dias, ao que Harper respondeu meio que displicentemente, que não se lembrava ...
(continua abaixo)...
Última edição por Myriam Castro em Qui Nov 13, 2008 6:49 pm, editado 1 vez(es)
Myriam Castro- Número de Mensagens : 4767
Idade : 64
Location : Minas Gerais - Brasil
Data de inscrição : 22/11/2007
Re: Temporada Virtual VI-20 - IN THE NICK OF TIME
Continuando ...
Dylan então determinou que ele se recolhesse aos seus aposentos para dormir ... e diante da cara de protesto do engenheiro, acrescentou que ia colocar Andromeda para vigiá-lo. Do contrário, não haveria viagem. E foi o que ele fez.
Mais tarde, Dylan estava em seu gabinete, examinando o flexi que Harper lhe passara. Ele reconheceu que o engenheiro tinha sido bastante meticuloso nos testes, e os relatórios estavam impecáveis. Ele suspirou, tentando espantar a ameaça insinuante da dúvida de seus pensamentos. Afinal, se não tivesse confiado em Harper, jamais o teria aceitado como membro de sua tripulação.
Quando o bip da porta soou, Dylan estava discutindo alguns detalhes com o holograma da IA. O jovem parecia ansioso, mas Dylan lhe disse que os relatórios estavam muito bons. Sim, ele podia ir para a Terra. Harper ficou felicíssimo, os olhos brilharam.
Entretanto, Dylan pediu-lhe que se sentasse, pois, como em toda missão, havia parâmetros a serem definidos, e Dylan não abria mão disso.
Começaram então os preparativos para a incursão à Terra ...
Quando mais tarde Harper entrou na Sala de Reuniões, todos já estavam lá. Ele a princípio estranhou que todos estivessem a par do seu projeto. Mas Dylan lhe explicou que essa missão, pela sua própria natureza, já era bastante perigosa ... um erro, ainda que mínimo, e ele poderia ser pulverizado, ou ficar para sempre no passado ou no futuro. Além disso, havia sempre a chance de a linha do tempo ser alterada, e isso poderia comprometer a própria existência de todos. Era necessário um cuidadoso planejamento. Com uma expressão séria no rosto, ele pediu a Harper que pensasse muito nisso ...
Pelo menos, pensou Dylan depois, ele escolhera uma época não muito distante nem da explosão, e nem de seu prório tempo. Isso minimizava, e muito, as probabilidades de algo sair errado.
Assim que Andromeda saiu do turbilhão, Dylan recomendou a Beka que tomasse cuidado com os destroços da Terra, que formavam um vasto cinturão de asteróides na III órbita do Sistema Solar.
A nave teria que estar posicionada exatamente no ponto da órbita em que estava o planeta quando explodiu. Ademais, acescentou Dylan, não iam querer que Rhade se desencontrasse deles quando voltasse.
Ele viu Harper entrando na Ponte, e perguntou como iam as coisas. Harper disse que estava um pouco ansioso, mas que tudo estava pronto. Dylan então pediu a Trance que mantivesse os sensores, especialmente os de longo alcance, sempre sob vigilância, para evitar surpresas. Em seguida, chamou Rommie para acompanhá-lo, e a Harper, para a Oficina. Lá chegando, Rommie assumiu os controles da máquina, e harper foi buscar alguns objetos de que ia precisar.
Quando ele finalmente subiu na plataforma do QTD, trazia com ele duas pequenas caixas de metal. Dylan perguntou o que era, e ele disse serem apenas dois reforçadores de sinal ... segundo ele, "só por precaução". Dylan lhe recomendou, mais uma vez, que tomasse cuidado e ficasse a salvo. Harper saudou Rommie com um "Até logo", e quando a máquina foi acionada, uma luz brilhante o envolveu ... e ao se desvanecer, ele tinha desaparecido.
(continua abaixo)...
Dylan então determinou que ele se recolhesse aos seus aposentos para dormir ... e diante da cara de protesto do engenheiro, acrescentou que ia colocar Andromeda para vigiá-lo. Do contrário, não haveria viagem. E foi o que ele fez.
Mais tarde, Dylan estava em seu gabinete, examinando o flexi que Harper lhe passara. Ele reconheceu que o engenheiro tinha sido bastante meticuloso nos testes, e os relatórios estavam impecáveis. Ele suspirou, tentando espantar a ameaça insinuante da dúvida de seus pensamentos. Afinal, se não tivesse confiado em Harper, jamais o teria aceitado como membro de sua tripulação.
Quando o bip da porta soou, Dylan estava discutindo alguns detalhes com o holograma da IA. O jovem parecia ansioso, mas Dylan lhe disse que os relatórios estavam muito bons. Sim, ele podia ir para a Terra. Harper ficou felicíssimo, os olhos brilharam.
Entretanto, Dylan pediu-lhe que se sentasse, pois, como em toda missão, havia parâmetros a serem definidos, e Dylan não abria mão disso.
Começaram então os preparativos para a incursão à Terra ...
Quando mais tarde Harper entrou na Sala de Reuniões, todos já estavam lá. Ele a princípio estranhou que todos estivessem a par do seu projeto. Mas Dylan lhe explicou que essa missão, pela sua própria natureza, já era bastante perigosa ... um erro, ainda que mínimo, e ele poderia ser pulverizado, ou ficar para sempre no passado ou no futuro. Além disso, havia sempre a chance de a linha do tempo ser alterada, e isso poderia comprometer a própria existência de todos. Era necessário um cuidadoso planejamento. Com uma expressão séria no rosto, ele pediu a Harper que pensasse muito nisso ...
Pelo menos, pensou Dylan depois, ele escolhera uma época não muito distante nem da explosão, e nem de seu prório tempo. Isso minimizava, e muito, as probabilidades de algo sair errado.
Assim que Andromeda saiu do turbilhão, Dylan recomendou a Beka que tomasse cuidado com os destroços da Terra, que formavam um vasto cinturão de asteróides na III órbita do Sistema Solar.
A nave teria que estar posicionada exatamente no ponto da órbita em que estava o planeta quando explodiu. Ademais, acescentou Dylan, não iam querer que Rhade se desencontrasse deles quando voltasse.
Ele viu Harper entrando na Ponte, e perguntou como iam as coisas. Harper disse que estava um pouco ansioso, mas que tudo estava pronto. Dylan então pediu a Trance que mantivesse os sensores, especialmente os de longo alcance, sempre sob vigilância, para evitar surpresas. Em seguida, chamou Rommie para acompanhá-lo, e a Harper, para a Oficina. Lá chegando, Rommie assumiu os controles da máquina, e harper foi buscar alguns objetos de que ia precisar.
Quando ele finalmente subiu na plataforma do QTD, trazia com ele duas pequenas caixas de metal. Dylan perguntou o que era, e ele disse serem apenas dois reforçadores de sinal ... segundo ele, "só por precaução". Dylan lhe recomendou, mais uma vez, que tomasse cuidado e ficasse a salvo. Harper saudou Rommie com um "Até logo", e quando a máquina foi acionada, uma luz brilhante o envolveu ... e ao se desvanecer, ele tinha desaparecido.
(continua abaixo)...
Última edição por Myriam Castro em Qui Nov 13, 2008 6:49 pm, editado 1 vez(es)
Myriam Castro- Número de Mensagens : 4767
Idade : 64
Location : Minas Gerais - Brasil
Data de inscrição : 22/11/2007
Re: Temporada Virtual VI-20 - IN THE NICK OF TIME
Continuando ...
Assim que ele se foi, Dylan voltou-se para Rommie, e perguntou se tinha contato com ele. Como a confirmar, a voz de Harper, carregada de excitação, chegou até eles em meio aos estalidos da estática, anunciando que chegara bem. Dylan lhe disse para se menter em contato, e desejou-lhe boa sorte.
Harper caminhava pelas ruas escuras, e logo chegou à entrada de um dos complexos subterrâneos que funcionavam como esconderijo e trincheira. Não viu ninguém. Depois de algum tempo, já estava começando a achar que entrara pela passagem errada, quando uma voz familiar o chamou. Era seu primo, Brendan Lahey, que o saudou, feliz com o reencontro. Mas Harper estava sério, e disse que precisava falar com ele, em particular.
A conversa levou uma hora, e depois disso, Harper voltou para as
ruas. Ele seguiu para um determinado quarteirão, e chegou a uma certa casa. Subiu os poucos degraus, e de repente, a porta se abriu. Sua velha tia saudou-o, e o abraçou. Ele estava em casa.
Andromeda chamou Dylan, acionando as luzes sobre sua cama, ofuscando-o e obrigando-o a sentar-se. Ela disse que perdera o contato com Harper, e Dylan sentiu o estômago dar um nó.
Respirou fundo, antes de dizer a Rommie que já estava a caminho. Ele saltou da cama, atirando longe as cobertas, vestiu-se às pressas e correu para a Oficina.
Rommie o viu entrar, e informou que já era a segunda vez que o sinal sumia.
Porém, da primeira vez, o "apagão" durara apenas uma hora, e agora já se haviam passado 6 horas de silêncio.
Dylan ficou preocupado. O receio que sentira antes voltara a ocupar sua mente. "Harper ... o que você está fazendo aí?"
Mas nada havia o que fazer ... só lhe restava aguardar. Ela voltou aos seus aposentos, tentando não se entregar à apreensão. Algum tempo depois, Trance foi procurá-lo, pois sentira a preocupação dele. E
la lhe disse que sabia o que se passava, e que ele não ficasse pensando em deserção ... ou morte. Harper voltaria. Ela sentira isso, já tivera a visão do retorno dele. E acrescentou que, quando viesse, traria com ele a salvação de milhares de pessoas.
Já se haviam passado nove horas, e Dylan mal controlava a ansiedade, enquanto Rommie corria os sensores, buscando o sinal.
Então, subitamente, a voz de harper se fez ouvir. Dylan chegou a se sobressaltar, e perguntou o que acontecera. Tinham perdido o sinal dele por 9 horas. Harper ficou também surpreso, e, dando tratos à bola, concluiu que os dois momentos de "apagão" coincidiram com suas incursões pelos túneis subterrâneos.
Ele disse que estava bem, só ia resolver mais uma coisa, e estaria pronto para voltar. Dylan então avisou-o para tomar cuidado redobrado e manter-se em contato.
continua abaixo)...
Assim que ele se foi, Dylan voltou-se para Rommie, e perguntou se tinha contato com ele. Como a confirmar, a voz de Harper, carregada de excitação, chegou até eles em meio aos estalidos da estática, anunciando que chegara bem. Dylan lhe disse para se menter em contato, e desejou-lhe boa sorte.
Harper caminhava pelas ruas escuras, e logo chegou à entrada de um dos complexos subterrâneos que funcionavam como esconderijo e trincheira. Não viu ninguém. Depois de algum tempo, já estava começando a achar que entrara pela passagem errada, quando uma voz familiar o chamou. Era seu primo, Brendan Lahey, que o saudou, feliz com o reencontro. Mas Harper estava sério, e disse que precisava falar com ele, em particular.
A conversa levou uma hora, e depois disso, Harper voltou para as
ruas. Ele seguiu para um determinado quarteirão, e chegou a uma certa casa. Subiu os poucos degraus, e de repente, a porta se abriu. Sua velha tia saudou-o, e o abraçou. Ele estava em casa.
Andromeda chamou Dylan, acionando as luzes sobre sua cama, ofuscando-o e obrigando-o a sentar-se. Ela disse que perdera o contato com Harper, e Dylan sentiu o estômago dar um nó.
Respirou fundo, antes de dizer a Rommie que já estava a caminho. Ele saltou da cama, atirando longe as cobertas, vestiu-se às pressas e correu para a Oficina.
Rommie o viu entrar, e informou que já era a segunda vez que o sinal sumia.
Porém, da primeira vez, o "apagão" durara apenas uma hora, e agora já se haviam passado 6 horas de silêncio.
Dylan ficou preocupado. O receio que sentira antes voltara a ocupar sua mente. "Harper ... o que você está fazendo aí?"
Mas nada havia o que fazer ... só lhe restava aguardar. Ela voltou aos seus aposentos, tentando não se entregar à apreensão. Algum tempo depois, Trance foi procurá-lo, pois sentira a preocupação dele. E
la lhe disse que sabia o que se passava, e que ele não ficasse pensando em deserção ... ou morte. Harper voltaria. Ela sentira isso, já tivera a visão do retorno dele. E acrescentou que, quando viesse, traria com ele a salvação de milhares de pessoas.
Já se haviam passado nove horas, e Dylan mal controlava a ansiedade, enquanto Rommie corria os sensores, buscando o sinal.
Então, subitamente, a voz de harper se fez ouvir. Dylan chegou a se sobressaltar, e perguntou o que acontecera. Tinham perdido o sinal dele por 9 horas. Harper ficou também surpreso, e, dando tratos à bola, concluiu que os dois momentos de "apagão" coincidiram com suas incursões pelos túneis subterrâneos.
Ele disse que estava bem, só ia resolver mais uma coisa, e estaria pronto para voltar. Dylan então avisou-o para tomar cuidado redobrado e manter-se em contato.
continua abaixo)...
Última edição por Myriam Castro em Qui Nov 13, 2008 6:50 pm, editado 1 vez(es)
Myriam Castro- Número de Mensagens : 4767
Idade : 64
Location : Minas Gerais - Brasil
Data de inscrição : 22/11/2007
Re: Temporada Virtual VI-20 - IN THE NICK OF TIME
Continuando ...
Harper voltou a sentar-se com Brendan para conversar. Dessa vez, contou-lhe tudo. Infelizmente, não haveria salvação para a Terra. Era fato consumado, e nada poderia mudar isso. Mas ele, Brendan, poderia, sim, fazer muita diferença se viesse com Harper para bordo da Andromeda.
Harper tinha preparado um plano, e as diretrizes do mesmo, ele deixaria para os que ficassem. Brendan disse que precisava pensar. E que teria a resposta antes que Harper voltasse. E retirou-se.
Algumas horas depois, Harper estava sentado no mesmo lugar - um velho armazém - pensando na situação. Ele já havia deixado a caixa com as gravações de seu ousado projeto, num local onde os membros da Resistência pudessem encontrar.
De repente, percebeu a presença de mais alguém. Era Brendan. Ele pensara muito na conversa que tivera com o primo, e resolvera retornar com ele.
Harper sorriu e o abraçou. Já estava quase na hora de contactar a Andromeda para executar a viagem de volta.
A voz de Harper, no comunicador, anunciou alto e claro que estava pronto para a viagem de volta.
Rommie ajustou os controles, e de repente, disse a Dylan que havia um volume de dados muito maior do que quando Harper partira. Dylan ficou intrigado. Os cálculos foram refeitos, e de fato havia uma diferença considerável.
Quando finalmente a luminosidade se desvaneceu, viram outro rapaz descer da plataforma junto com Harper. Ele apresentou Brendan, que Dylan já supunha ser primo dele. E perguntou a Harper como fizera aquilo. O engenheiro sorriu, e explicou que vinha pensando, desde a época em que não tinham conseguido trazer Sarah Riley, em como fazer para "ajudar" o reforçador de sinal. Então, levou uma caixa com algumas mechas do cabelo de Brendan, que por acaso ele guarara do tempo em que ainda eram garotos. O sinal ficou por conta do DNA ...
Dylan perguntou sobre os ataques Nietzscheans, e Harper lhe disse que Brendan tinha deixado uma gravação com as instruções para os grupos da Resistência, que de qualquer maneira já o supunham morto.
Apressou-se a acrescentar que tinha sido muito cauteloso com os ajustes do tempo, e que Brendan podia ser de grande valia ali para eles, naquele tempo.
Dylan sorriu para o rapaz, e, apertando-lhe a mão, deu-lhe as boas-vindas a bordo.
(Brendan já ouvira muitas histórias do lendário Capitão Hunt, e ficara surpreso ao saber que seu primo servia a bordo da Andromeda, desde aquele memorável contato, há 6 anos atrás. Ele ficou muito honrado ao conhecer Dylan pessoalmente).
O Capitão lhe disse que ia lhe dar alguns dias para se ambientar, e então iria conversar com ele sobre seu futuro ...
Harper voltou a sentar-se com Brendan para conversar. Dessa vez, contou-lhe tudo. Infelizmente, não haveria salvação para a Terra. Era fato consumado, e nada poderia mudar isso. Mas ele, Brendan, poderia, sim, fazer muita diferença se viesse com Harper para bordo da Andromeda.
Harper tinha preparado um plano, e as diretrizes do mesmo, ele deixaria para os que ficassem. Brendan disse que precisava pensar. E que teria a resposta antes que Harper voltasse. E retirou-se.
Algumas horas depois, Harper estava sentado no mesmo lugar - um velho armazém - pensando na situação. Ele já havia deixado a caixa com as gravações de seu ousado projeto, num local onde os membros da Resistência pudessem encontrar.
De repente, percebeu a presença de mais alguém. Era Brendan. Ele pensara muito na conversa que tivera com o primo, e resolvera retornar com ele.
Harper sorriu e o abraçou. Já estava quase na hora de contactar a Andromeda para executar a viagem de volta.
A voz de Harper, no comunicador, anunciou alto e claro que estava pronto para a viagem de volta.
Rommie ajustou os controles, e de repente, disse a Dylan que havia um volume de dados muito maior do que quando Harper partira. Dylan ficou intrigado. Os cálculos foram refeitos, e de fato havia uma diferença considerável.
Quando finalmente a luminosidade se desvaneceu, viram outro rapaz descer da plataforma junto com Harper. Ele apresentou Brendan, que Dylan já supunha ser primo dele. E perguntou a Harper como fizera aquilo. O engenheiro sorriu, e explicou que vinha pensando, desde a época em que não tinham conseguido trazer Sarah Riley, em como fazer para "ajudar" o reforçador de sinal. Então, levou uma caixa com algumas mechas do cabelo de Brendan, que por acaso ele guarara do tempo em que ainda eram garotos. O sinal ficou por conta do DNA ...
Dylan perguntou sobre os ataques Nietzscheans, e Harper lhe disse que Brendan tinha deixado uma gravação com as instruções para os grupos da Resistência, que de qualquer maneira já o supunham morto.
Apressou-se a acrescentar que tinha sido muito cauteloso com os ajustes do tempo, e que Brendan podia ser de grande valia ali para eles, naquele tempo.
Dylan sorriu para o rapaz, e, apertando-lhe a mão, deu-lhe as boas-vindas a bordo.
(Brendan já ouvira muitas histórias do lendário Capitão Hunt, e ficara surpreso ao saber que seu primo servia a bordo da Andromeda, desde aquele memorável contato, há 6 anos atrás. Ele ficou muito honrado ao conhecer Dylan pessoalmente).
O Capitão lhe disse que ia lhe dar alguns dias para se ambientar, e então iria conversar com ele sobre seu futuro ...
Última edição por Myriam Castro em Qui Nov 13, 2008 6:50 pm, editado 1 vez(es)
Myriam Castro- Número de Mensagens : 4767
Idade : 64
Location : Minas Gerais - Brasil
Data de inscrição : 22/11/2007
Re: Temporada Virtual VI-20 - IN THE NICK OF TIME
Oh Myriam, que delícia poder voltar a viajar pelo espaço ao lado de uma tripulação tão especial!
Muito grata, querida, pelo seu maravilhoso trabalho!
Muito grata, querida, pelo seu maravilhoso trabalho!
mara- Número de Mensagens : 19302
Location : São Paulo, Brasil
Data de inscrição : 02/11/2007
Re: Temporada Virtual VI-20 - IN THE NICK OF TIME
Thanks!
É um prazer "viajar" a bordo com vocês!
Já comecei a ler o próximo ... e pelas primeiras duas páginas, vi que é simplesmente emocionante!
Me aguardem ...
É um prazer "viajar" a bordo com vocês!
Já comecei a ler o próximo ... e pelas primeiras duas páginas, vi que é simplesmente emocionante!
Me aguardem ...
Myriam Castro- Número de Mensagens : 4767
Idade : 64
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