Re: ANDROMEDA INTERESTING - Detalhes Interessantes de Andromeda

Manto Negro Ter maio 05, 2009 5:36 pm

Tem pessoas que, mesmo que recebam uma oportunidade na vida, não conseguem se livrar de sua natureza...

... mas eu gostei dessa frase: Quem se acostuma a dizer algo de forma bela, é porque existe muito sentimento nele.

Sempre há uma esperança! :study:

Myriam Castro Ter maio 05, 2009 6:28 pm

Mais um pouco de Tyr ......

Cobb teve seu personagem especificamente criado para ele, diferentemente dos outros membros do elenco, exceto Kevin Sorbo.

Keith Hamilton Cobb: "Todos nós sentamos e conversamos, e eu disse que eu precisava de algo que justificasse o meu tamanho. Eu levei uma carreira menos do que sou, de muitas maneiras. Eu não pareço como a média, eu não atuo como a média. E eu não quero ter mais isso. Kevin foi a exceção o show inteiro, e ele também não é como a média. (...) Nós os chamamos geneticamente modificados em super-humanos, e a palavra para lembrar é humano, porque, embora eles possam ser mais fortes, mais rápidos, eles podem enxergar melhor, podem 'farejar' melhor, o que faz deles quase mais que humanos. Quando eles sentem emoções, sentem-nas ao extremo." (18/12/00 Cinescape Online)

Keith Hamilton Cobb: "Ah ... bem, eu estava cotado para ser o grande homem no show. Os Nietzscheans são estruturados para ser fisicamente superiores de várias maneiras aos humanos. Eles são seres humanos com tudo acima da média (...) Ultimamente o que nós estamos descobrindo é que isso não os faz perfeitos, e os Nietzscheans em geral não são perfeitos. O ponto sobre Tyr é que ele é grosseiramente, politicamente e socialmente incorreto. Ele tem suas ações baseadas no que acha que as pessoas precisam ouvir. Eu prefiro chamá-lo de anti-herói. Ele pode agir para finais heróicos, mas por meios duvidosos. Eu acho que isso faz dele interessante de assistir." (15/02/01 Zap2it.com)

Parece-me que Keith a princípio não gostou muito de interpretar alguém como um Nietzschean, que ele achava "grosseiro", "bruto" e "imperfeito". Entretanto, na minha opinião, ele até que encaixou muito bem no papel. Tyr tinha que ser um indivíduo fisicamente imponente, com o porte de um guerreiro, como de resto todos os Nietzscheans da trama. Ele talvez tivesse pensado que seria destaque, mas a presença de Kevin, que afinal era o herói da saga, acabou colocando-o em segundo plano, por assim dizer. Mas isso ficou longe de ser negativo ... ao contrário, dava um sabor de suspense, saber que Tyr, no fundo, vivia como que "espreitando" Dylan. E ele até que deu um ar bem típico da raça ao personagem. Nota da Myriam

mara Ter maio 05, 2009 9:24 pm

Keith acabou saindo da série porque não estava feliz com seu personagem. E Keith é um homem intelectual, as cenas de ação o cansavam muito e ele não achava que um bom personagem precisasse delas. Sua carreira foi construída nas famosas "soap-operas", as telenovelas americanas que passam no horário da tarde e duram anos...Keith queria mais dramaticidade em Tyr. Keith queria se sobressair.
Acho que Steve Bacic foi quem conseguiu isso, sem grandes esforços, trabalhando em equipe.
Ainda assim, Keith sempre admirou Kevin e o elogiou, dizendo que ele era um líder e um cavalheiro.

Convidad Sex maio 08, 2009 6:45 pm

Eu gostava muito do ator, ele fez muito bem o papel. E gostei também do personagem, cheio de de nuances, um bocado torturado às vezes, e a gente sem saber o que esperar dele. Foi uma época interessante da série, (mas para mim, não a melhor)* havia um certo suspense quanto a Tyr. Mas com certeza o personagem de Steve foi interpretado de modo mais apaixonado, ele era perfeito no papel e deu um toque todo especial ao Rhade. Talvez por isso tenha fluído mais naturalmente, tendo dado um resultado melhor e agradando a tantos fãs. Mas vocês sabem, nas comunidades de Andrômeda, alguns fãs mais radicais ainda acham que Tyr era o Nietzchean ideal.
* Eu ainda considero as duas últimas temporadas as melhores.

Myriam Castro Sex maio 08, 2009 9:38 pm

Eu concordo com você, Carmen ... achei que Keith ficou bem como Tyr, apesar de tudo.
Mas, sem dúvida, Steve encarnou o que para mim seria o verdadeiro "Nietzschean ideal": de bela aparência (sem concorrer com Dylan, é claro ...), altivo, elegante, de uma inteligência afiada, um grande guerreiro, mas ao mesmo tempo sensível, cavalheiro e leal, sem contudo perder o orgulho da origem, típico da raça.

E também achei a IV e a V Temporadas sensacionais ... por mostrarem um Dylan mais maduro e adaptado às duras condições do novo contexto do Universo. As três primeiras temporadas, na verdade, foram a "escola" que preparou o nosso Capitão para a mais difícil tarefa de sua vida - ainda mais difícil do que restaurar a Comunidade - trazer novamente o equilíbrio aos Mundos Conhecidos, através da correção interdimensional de Seefra/Tarn Vedra pela Rota das Eras.

Convidad Sex maio 08, 2009 11:17 pm

Definiste muito bem o que eu também penso, Myriam. Como fãs da série, além de fãs de Kevin, a gente tem mania de ficar analisando todo o contexto. E realmente é asssim que eu vejo também. No começo, Dylan Hunt sendo forjado e amadurecendo, depois parece que há uma linha divisória na série. As duas últimas temporadas tiveram um rumo diferente das anteriores. Dylan cresceu, mudou (eles mostraram isto até na aparência dele), e todos eles passaram por muitas transformações. Quem imaginaria Trance como o avatar de uma estrela? Para mim, todos os personagens ficaram mais "bonitos", por assim dizer.

Myriam Castro Dom maio 10, 2009 8:50 pm

É mesmo, até a aparência mudou ... ele ficou com um visual mais "adulto", por assim dizer. Eu acho que foi por causa do corte de cabelo, mais curto, do uniforme (sim, na IV e V Temporadas, ele voltou a usar uniforme, só que com um estilo diferente, mais sóbrio e "fashion" ...) e sem dúvida, da expressão do olhar, mais "vivido", de alguém que passara por um duro "aprendizado".
O olhar de Dylan era pra lá de impressionante e profundo ... como se guardasse dentro de si toda a sabedoria e o amor pelos seres senscientes do Universo ...

Myriam Castro Dom maio 10, 2009 9:19 pm

Continuando com Tyr ...

Keith Hamilton Cobb: "Temos dois machos Alfa a bordo dessa nave, e Dylan é o detentor do poder, então ele seria a principal preocupação de Tyr. O resto da tripulação não é terrivelmente significativo no que toca a Tyr. Ele tem que tolerá-los, e de fato, ao longo do tempo, ele aprenderá a cresecer com eles. Ele tem que refletir sobre as coisas que eles dizem e fazem. Não há como fugir deles, e então ele se torna envolvido em sua litania sem-fim de valores éticos e morais que nunca tinha parado para considerar antes. (...) Ele tem que ceder. Ele poderia matar essas pessoas e tomar sua nave, mas então ele estaria sozinho. Você tem que se lembrar, ninguém o quer. Ele era considerado geneticamente inferior por todos os Nietzscheans porque seu clã fora destruído. Ninguém o quer, e então ele não pode unir-se a outro clã. Talvez ele pudesse vender a Andromeda e vagar por aí, mas ele estava descobrindo que vaguear era agir como um rato. Não tem ele nada melhor para fazer? Talvez, se ele simplesmente deixar isso de lado, ele possa juntar os pedaços, por mais estranho que pudesse significar, viver com essas pessoas e conversar com todas as classes de seres e espécies (sob o seu ponto de vista)". (02/01 Starlog #283)

Muito interessante essa colocação de Keith ...
Tyr nada mais era do que uma espécie de desgarrado, um renegado por sua própria raça - vemos aí como era forte o preconceito entre os clãs, embora fossem os Nietzscheans em geral uma só raça.
Integrar-se à tripulação da Andromeda deu a ele um novo modo de ver as coisas ... ao mesmo tempo em que foi obrigado a repensar certos valores, ia tembém aprendendo a fazer parte de uma equipe, ele que se havia acostumado a agir sempre sozinho - e essa era a principal diretiva de Dylan, que, não obstante a amarga experiência vivida com um membro dessa raça altiva e aguerrida, ainda procurava mantê-lo sempre integrado à tripulação, confiando a ele uma função importante a bordo: a de Oficial-de-Armas.
Dylan mostrou a ele o que era o verdadeiro espírito da Comunidade ... a cooperação, a união entre membros de espécies e raças diferentes, trabalhando para o bem comum. Como se a própria Andromeda fosse uma Comunidade em escala menor. E como a família é uma célula no seio da Nação. Nota da Myriam

Convidad Ter maio 12, 2009 12:07 pm

Assim, até Tyr aprendeu lições com Dylan, e muitas! E não foi só Dylan que lhe serviu de refrência. Trance E REv Ben, tiveram momentos importantes passando a ele algumas lições importantes.Por isso foi realmente uma pena terem que ter revisto a situação do personagem , devito à carreira do ator. Ele poderia ter crescido mais como pessoa ao longo da série, se tivesse ficado. Mas aí não teríamos tido a oportunidade maravilhosa de ver o personagem de Steve crescer e nos proporcionar momentos intensos e maravilhosos!

Myriam Castro Ter maio 12, 2009 7:06 pm

É mesmo ... Steve foi o responsável pelo "resgate" da honradez que pode haver na alma de um Nietzschean ... ele nos mostrou que sua raça não era formada somente por indivíduos cruéis, inescrupulosos e gananciosos, mas que havia também lealdade, companheirismo, fé e amor ...
Telemachus Rhade era natural deTarazed ... eu aposto que a essência desse povo foi purificada por Sarah Riley, a noiva de Dylan, quando, em companhia do Capitão Khalid, levou todos os que ela considerava a elite da antiga Comunidade - os sobreviventes da primeira tripulação da Andromeda e da sua nave de pesquisa, a Starry Wisdom (só para registro, essas palavras significam, ao pé da letra, "Sabedoria Estelar" - será que foi coincidência ...?)
Vocês se lembram de como Khalid, um Nietzschean, era bom e leal? Pois é ... talvez Telemachus Rhade fosse de alguma maneira aparentado a ele.

Myriam Castro Sex maio 15, 2009 8:34 am

Continuando com Tyr ...

(...) O povo de Tyr tem uma história: "Ele é removido dessa história, diz Cobb, "o que é uma coisa boa. Isso permite a ele ser mais profundamente afetado pelo que outras pessoas façam e digam, considerar conceitos além de si mesmo e de suas necessidades. Isso também lhe causa um conflito psicológico que é interessante assistir em cena. (...) Você pode fazer-se aliado de Tyr se você entender o que ele quer e precisa, mas você tem que pensar nos moldes dele, que é o que Hunt está tentando fazer. E você também tem que se lembrar que ele é um Nietzschean. Ele deve ter sempre aquela parte dele que você não pode confiar." (03/03/01 PR News Wire)

"Dylan tem alguns pontos de confiança com Tyr", diz Sorbo. "Isso é principalmente porque os Nietzscheans foram os instigadores da Queda da Comunidade. Eles são uma raça egoísta, traiçoeira, que se preocupa apenas com suas próprias necessidades. Por outro lado, Tyr é também muito inteligente e, como sua estirpe, foi criado para sobreviver. Essas são qualidades que Dylan admira. Assim, ele precisa de Tyr ao seu lado. Ao longo do tempo, os dois aliados virão a compreender mais um ao outro. (06/01 TV Zone # 139)

Interessante ... nota-se que Dylan no fundo admirava Tyr, embora sempre tivesse um "pé atrás" em relação a ele, por conhecer muito bem a raça. E no fundo acreditava que Tyr poderia ser um valioso colaborador ... afinal, estavam todos "no mesmo barco", por assim dizer, empenhados em sobreviver ao mesmo tempo em que tentavam levar adiante o audacioso projeto de Dylan.
Dylan queria mesmo integrá-lo à equipe, mesmo sabendo que ele era por natureza um indivíduo de difícil convivência. Nota da Myriam

mara Sex maio 15, 2009 4:29 pm

Myriam e Carmen, incríveis as suas colocações, que coerência!
Vocês percebem a riqueza dos personagens! :good:

Myriam Castro Dom maio 17, 2009 6:07 pm

Continundo com Tyr ...

Keith Hamilton Cobb: "É parte do 'modus operandi' de um Nietzschean convencer os outros que se pode se importa menos com o que dizem, quando, de fato, você realmente se importa. Tyr não é muito bom nisso. Com o passar do tempo, eu suspeito que descobriremos que ele não é tão ligado a certos ideais Nietzscheans como tem que nos fazer acreditar. (...) Tyr e Dylan são como dois cães pit bulls ou machos alfa tentando coexistir num mesmo contexto." (08/01 TV Zone # 141)
"Eu espero que isso continue a se desenvolver em como ele é muito menos comoqualquer Nietzschean que conhecemos. Ele tem sobrevivido como um guerreiro e mercenário, e juntou-se à missão porque era uma escolha 'pragmática' e a maneira mais simples e segura para a próxima posição em sua vida que ele queria ter. Nesse ponto, ele não está realmente certo sobre essa idéia de 'Comunidade', e nunca foi. Ele não está bem certo sobre colocar-se em situações perigosas por essas pessoas ainda, embora tenha desenvolvido certa afinidade para com elas num certo nível. Mas ele sabe que esse é o lugar mais seguro para estar.
Ele possui os restos mortais de Drago Museveni guardados a bordo da nave, e ele prossegue com seu discurso de pequena 'indústria da auto-subserviência' a bordo da nave, até que algo cataclísmico aconteça onde ele tenha que fazer uma escolha." (11/01 Starlog # 292)

Keith pegou outro ponto interessante ... para Tyr, estar a bordo da Andromeda era de fato muito "cômodo", pois quem se atreveria a atacá-la? ... Especialmente considerando que tinha seu precioso "segredinho", e que exatamente por isso, era um indivíduo com a cabeça a prêmio - sob certos aspectos, como o próprio Dylan.
Mas com o tempo, ele aprendeu que não era de forma alguma páreo para o Capitão ... a dramática experiência pela qual Dylan passara, apurara ainda mais sua natural astúcia, e certamnte não havia nos Mundos Conhecidos quem conseguisse enganar Dylan.
A questão dos "machos alfa" define muito bem a situação ... e era claro que Dylan era o dominante ali. E que jamais deixaria alguém tomar-lhe essa condição. E muito menos a Andromeda ...

mara Seg maio 18, 2009 10:20 am

É mesmo, Myriam. Tyr havia sido escravo, tinha vivido de forma muito dura até então. Sua casta não existia mais, ele era um solitário num Universo caótico, desprezado por outras castas mais "eruditas".
Valeu, querida! :good:

Myriam Castro Ter maio 19, 2009 4:49 pm

Ainda existe muita coisa sobre Tyr Anasazi ...
E aí vai mais ...

Zack Stentz (escritor): (Sobre a fraqueza do personagem) "Tyr - sua tragédia é que, como vimos em 'Music of a Distant Drum', a despeito de ter nascido para ser um um matador frio e egoísta, ser despojado de seu condicionamento social e de sua natureza, o faz um tipo gentil e altruísta." (30/09/02 Slipstream BBS)

Keith Hamilton Cobb: "Antebraços armados não fazem um Nietzschean! Quando pode pegar qualquer qualquer figura nas ruas (gorducho, cabeludo ou baixinho), vesti-lo de preto, aplicar um conjunto dessas lâminas de borracha nele e obter um super-homem geneticamente construído instantâneo, alguma coisa está muito, muito errada mesmo. Isso não foi uma tentativa de 'tirar a masculinidade' de Tyr. Foi uma tentativa de forçar Keith Hamilton a concentrar-se na força de Tyr, e na crueldade inexplorada da raça Nietzschean. Eu não sei se foi uma jogada bem-sucedida, mas pelo menos eu não mais tenho que usar aquela idiotice desconfortável em meus braços." (17/10/02 KHCobb Message Board)

Puxa ... por essa eu não esperava!
Parece que Keith nunca se agradou muito em participar da série ... uma pena, pois sua figura imponente incorporava muito bem o personagem. O que será que aconteceu com ele, afinal ...? Kevin deve ter ficado um tanto decepcionado com ele, não?
Mas tudo bem ... a trama, de qualquer maneira, continuou interessante a partir da III Temporada, que foi quando Tyr apareceu sem as lâminas. Afinal, a partir dali, as indicações a respeito do real papel de Dylan no contexto do Universo, vão aos poucos se tornando mais frequentes ... Nota da Myriam

mara Ter maio 19, 2009 9:29 pm

Keith era um ator de novelas, não estava habituado a séries assim... ele gostava da parte dramática dos personagens e Gordon (Harper) disse na convenção que Keith gostaria que todos os episódios fossem sobre Tyr...Kevin gostava de Keith, mas entendeu quando ele foi embora.

Myriam Castro Qua maio 20, 2009 4:05 pm

Mais episódios sobre Tyr?!
Hum ... acho que Keith gostaria que o drama que ficou quase subentendido sobre a vida de Tyr - ex-escravo, último do seu clã, órfão, ect etc etc ... fosse mais explorado.
Porém, a trama tomou um rumo surpreendente, com Dylan e Trance sendo as "chaves" para "consertar" o Universo ...
Aliás, eu nunca tinha visto esse enfoque - a existência do protagonista principal influenciando todo o contexto - em uma série de TV. Só conhecia algo assim no cinema (lembram de Star Wars? ... Pois é ... Luke Skywalker tinh um papel fundamental naquela trama toda, o de equilibrar os dois lados da Força através do resgate da alma de seu pai Anakin ...)
:study:

Myriam Castro Sex maio 22, 2009 6:25 pm

Continuando com Tyr ...

Keith Hamilton Cobb: "O que cria uma interessante dinâmica entre os personagens é a energia em ação. Quero dizer a energia de personalidades, seja em conflitos ou bonança. Tanto temos isso com todos os nossos personagens de Andromeda que eles se divertem em assistir e continuarão a desenvolver. Dito isso, eu sinto que a Segunda Temporada da série desapontou um pouco a Tyr. Ele teve um par de episódios que lhe deram algumas cenas para 'absorver', e então, subitamente, lá pela metade do ano ele pareceu sair do contexto. Eu esperava que a última Temporada tivesse, talvez, sido aquela onde começássemos a desenvolver o personagem de Tyr e dar-lhe um pouco mas de profundidade. Seu relacionamento com o resto da tripulação da Andromeda foi apenas esperar ser explorado, o que de fato não o foi. (...) É muito fácil dizer que o 'modus operandi' de Tyr é que ele negocia com todos para seu próprio benefício e ganho pessoal. Essa é uma visão muito simples, e uma que não funciona para mim. Há muito mais para ele e os Nietzscheans em geral, ou eles não estariam por aí.
(...) Eu dizia todo o tempo que, em termos estritos, Ty não era o arquétipo de sua espécie. Ele é muito mais ele mesmo. Entretanto, o que ele terminou sendo aqui foi um 'bobo-da-corte', e esse não é Tyr. A única coisa que ele faz é tomar decisões e atirá-las sobre eles, quer sejam boas, ruins ou indiferentes. (...) Tínhamos longas discussões (com o novo escritor-chefe Bob Engels) sobre quem Tyr é e o que ele precisa ser. Eu achav que isso era minha oportunidade com um novo escritr chegando para solidificar algumas coisas que eu vinha 'empurrando' durante os últimos dois anos. recisamos riscar fora os imperativos característicos de Tyr, e assim eles não mudam de episódio para episódio ou de roteiro para roteiro. Fico satisfeito em dizer que fomos muito bem sucedidos ao fazer isso, e o processo é contínuo. Bb está tentando cortar essa 'baboseira tecnológica' a um ponto onde não torne a trama obscura, mas não tanto que não se possa chamar de Ficção Científica. Eu acho que os fãs gostariam de ver mas histórias sobre os personagens interagindo. Bob compreende claramente isso e as coisas parecem estar indo nessa direção, o que vai ser excitante." 11/02 TV Zone # 156)

Acho que Keith gostaria que todos os personagens tivessem desdobramentos de sua história, incluindo Tyr. De fato, soubemos ao longo da saga apenas algumas "pinceladas" da vida de todos, desde Dylan até a própria Andromeda (aliás, parece que a história mais cheia de detalhes foi a da própria nave, quando mostraram suas missões anteriores ao comando de Dylan, no início da II Temporada ...)
Nota da Myriam

mara Sex maio 22, 2009 7:43 pm

Acho que ele tinha razão nisso mas é complicado colocar isso numa série de ficção científica, que tem outra proposta. Acho que a 5a. temporada revelou muita coisa dos personagens. que acham vocês?

Convidad Sáb maio 23, 2009 9:32 am

Sem dúvida, a 5ª temp. foi bem além nas informações sobre eles e mostrando seus sentimentos e emoções mais profundos. Nada de deixar no ar, tudo mais "cartas na mesa". Não tenho certeza se foi o fato de eles terem que trabalhar com um orçamento mais baixo,mudanças no elenco (Lexa grávida gerando toda aquela situaçaõ nova), etc... mas no fim das contas às vezes isso obriga os roteiristas a usarem a criatividade deles na parte mais pessoal dos personagens. Na minha opinião esta temporada levou muita vantagem em relação às outras neste ponto. Eu realmente gostei de vê-los mais "crus", mais vivos, por assim assim dizer.

mara Sáb maio 23, 2009 10:07 am

Falaste bem, Carmen. é bem assim mesmo! A 5a. temporada foi um exercício de criatividade com pouco donheiro. e onde tudo faz sentido!
Também adorei a temporada e as "cartas na mesa". :good:

Myriam Castro Sáb maio 23, 2009 12:26 pm

Eu concordo com você, Carmen ... tudo o que ficou "nebuloso" antes, esclareceu-se na V Temporada.
Todos usaram sua criatividade generosamente ... e mesmo com orçamento "apertado", essa fase foi muito boa!

Myriam Castro Qui maio 28, 2009 7:17 pm

E, além disso, a V Temporada nos mostrou o que a nova situação produziu na equipe ... uma "quebra" naquela coesão que havia entre eles, e que Dylan procurou desfazer, trazendo-os novamente para junto uns dos outros - o episódio "The Test" foi um bom exemplo -, tirando-os do sentimento de abandono e fracasso em que se encontravam, fazendo-os ver que eram importantes para ele, e uns para os outros.
Talvez essa tenha sido a mais dura "batalha" que Dylan enfrentou ...
e ainda por cima abalado pelo fato de se encontrar na verdade não em um mundo remoto, mas em seu próprio mundo natal ... a face degenerada de Tarn Vedra. E sua nova missão era restaurar tudo isso.

Myriam Castro Qui maio 28, 2009 7:48 pm

E agora, vamos com mais um pouco de Tyr ...

Keith Hamilton Cobb "Quando o personagem foi desenhado, todo mundo por um breve momento esteve muito contente em me ter tudo que eu era no papel. E eu acho, nesta encarnação inicial, que eu fui escolhido para ser um personagem complexo, novo e vibrante. (...) Tyr é um persongem guerreiro, de uma raça guerreira. ele pensa nesses termos. Eu penso em um nível que isso está em mim. Eu não posso dizer que eu vivi essa experiência, mas a mentalidade do guerreiro, a psiquê dele, é algo que sempre me fascinou. Eu leio sobre isso. É um tipo de 'hobby' meu. Onde eu acho que os escritores não têm isso neles, assim que eles escrevem existe um tempo de representação de um guerreiro. Ele dirá coisas que lembrarão às pessoas que ele é o sujeito guerreiro, ao contrário de simplesmente interpretá-lo e vivê-lo." (04/03 Prevue online # 625)

Bem ... Keith parece ser do tipo filósofo, talvez por ser mais um ator dramático (estranho, essa categoria não parece se encaixar bem no biotipo dele ... mas, fazer o quê, hã?) Nota da Myriam

mara Qui maio 28, 2009 9:08 pm

É... ator no papel errado, eu acho, Myriam.
Adoro o episódio The Test!!!!! bounce

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